segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

SOCIOLOGIA

ATIVIDADES DA SEMANA DE 14/12 ATÉ 18/12

OBSERVAÇÕES:

1 – Leia atentamente ao texto e assinale corretamente as questões da recuperação.

2 – Procure pela palavras-chave como: título de eleitor, voto, eleições, urna eletrônica, voto de cabresto, Era Vargas, Redemocratização.

3 - Tente realizar as atividades do 4.º Bimestre acessando os links deixados aqui.

4 – Qualquer dúvida, procure o professor enviando mensagem do chat da plataforma Classroom, através do email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ou no whatsapp: 14 98174-8501.

5 – Dias e horário de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23 horas); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00). Sábado e Domingo (Descanso semanal do professor).

FORMULÁRIOS GOOGLE:

3.º A:

Link: recuperação 4.º Bimestre: https://forms.gle/BTVBzkC7ZDhoJM36A

Atividade 1: https://forms.gle/WR4hyigpjDpTCQWEA

Atividade 2: https://forms.gle/y6igoDQSckgGcwQX9

Atividade 3: https://forms.gle/ZZ7ViE3G4HjrJindA

Atividade 4: https://forms.gle/F6SNoKn6eN3TTkV66

Atividade 5: https://forms.gle/yVsM97Me6PH8tA1G7

Atividade 6: https://forms.gle/C5QMpcwMr2Q4PuhW9

Atividade 7: https://forms.gle/BMgX46tn69mebUiT8

 

3.º B:

Link: recuperação 4.º Bimestre: https://forms.gle/jRYjoQqfN4xkJSLj9

Atividade 1: https://forms.gle/cFEdTBVTjUkLWqDr5

Atividade 2: https://forms.gle/TMZPTQaCFCanfdCg7

Atividade 3: https://forms.gle/QjdRW6ocMDiSDcdo8

Atividade 4: https://forms.gle/ZQYEJtAark4NJJ7q9

Atividade 5: https://forms.gle/7S3UqHHvzdp5DPce7

Atividade 6: https://forms.gle/uXRXZBeStvhH4Gfa7

Atividade 7: https://forms.gle/Lm98aBNaaK6mL1Md6

 

3.º C:

Link: recuperação 4.º Bimestre: https://forms.gle/ttMZanEkMj1GXVqU6

Atividade 1: https://forms.gle/NfYPXVFJWWKN2nzo6

Atividade 2: https://forms.gle/4KfimDWzPWKGiTzJA

Atividade 3: https://forms.gle/RkTrTjcjViJCYUcD7

Atividade 4: https://forms.gle/5eHwjQoxUmaGxYHa6

Atividade 5: https://forms.gle/abNPQ8Zw7sXv1FBN6

Atividade 6: https://forms.gle/iNHMMqXjD795jgMq8

Atividade 7: https://forms.gle/YfFEMtgohLTojRHW6

 

3.º D:

Link: recuperação 4.º Bimestre: https://forms.gle/XA97JBiKEJ4M2SCe9

Atividade 1: https://forms.gle/nndHxyZE4pQ93qSP6

Atividade 2: https://forms.gle/VEPSiJG1APtGkdgi9

Atividade 3: https://forms.gle/a36Dbwqbdnw1fnSH7

Atividade 4: https://forms.gle/EArnLU1F9NRm1Ejd9

Atividade 5: https://forms.gle/hMaLxPRT84zLvTMx8

Atividade 6: https://forms.gle/Dkst483rLySoTxv47

Atividade 7: https://forms.gle/6zcAvUapAECLZXUm9

 

3.º E:

Link: recuperação 4.º Bimestre: https://forms.gle/tq3hrw1Ax5ocNs797

Atividade 1: https://forms.gle/UWmtFNKE4r8SmSd57

Atividade 2: https://forms.gle/y6X4WvzJow7645418

Atividade 3: https://forms.gle/ZgpNhzVyFwLeHGAu9

Atividade 4: https://forms.gle/7MdayGtmWQ3zPEdo9

Atividade 5: https://forms.gle/bUtpGsEG7zYYVNQTA

Atividade 6: https://forms.gle/sDXeAqBfSiKEhPPJ9

Atividade 7: https://forms.gle/PrxDJEkDNDFLc7CB7

 

 

3.º ANO

RECUPERAÇÃO DE SOCIOLOGIA

O TÍTULO DE ELEITOR E A SISTEMATIZAÇÃO DOS VOTOS

O título de eleitor – utilizado em todas as eleições de forma obrigatória – foi instituído em 1881. Na época, o título foi autorizado como forma de evitar fraudes no sistema eleitoral brasileiro, mas a estratégia não funcionou bem, já que o documento não possuía foto do eleitor.

Além disso, entre a Proclamação da Independência e a Era Vargas, o voto continuou sendo um direito apenas dos homens livres. Sendo assim, analfabetos, negros e mulheres eram excluídos do sistema eleitoral brasileiro.

Outro ponto eram as constantes fraudes no sistema político, incluindo a compra de votos, como no voto de cabresto.

Em 1930, o sistema de votos no Brasil ficou nas mãos de Getúlio Vargas, quando o presidente estabeleceu o sistema de votação indireta para a Assembleia Constituinte e governantes.

Já em 1945, a eleição voltou a ser universal, com a redemocratização do país. Além disso, as mulheres conquistaram o direito ao voto.

Porém, com o golpe militar, em 1964, o voto universal foi, novamente, tirado do sistema eleitoral brasileiro. Os direitos políticos foram retirados por meio dos atos institucionais, como o AI-5.

Os votos só começaram a ser informatizados em 1960, com a máquina de votar, apresentada por Ricardo Puntel ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Já em 1989, todo o sistema eleitoral já era eletrônico, sendo a apuração eletrônica dos votos instituída em 1993.

Por fim, no ano 2000, todos os eleitores já podiam usar a urna eletrônica para escolher representantes políticos, como vereadores e políticos.

ATIVIDADE

ASSINALE A RESPOSTA CORRETA:

1) O TÍTULO DE ELEITOR FOI INSTITUIDO EM QUE ANO:

(   ) 1989.

(   ) 1881.

2) POR VOLTA DE QUE ANO, OS ELEITORES PODIAM USAR A URNA ELETRÔNICA PARA VOTAR:

(   ) 2000.

(   ) 1930.

ESTA AVALIAÇÃO DE RECUPERAÇÃO É VOLTADA PARA OS ALUNOS QUE NÃO ENTREGARAM ATIVIDADES NO 4º BIMESTRE.

PARA OS DEMAIS ALUNOS HAVERÁ ACRÉSCIMO DA PONTUAÇÃO NA NOTA BIMESTRAL, SE A REALIZAREM.

ALUNOS QUE PRECISAM REALIZAR A RECUPERAÇÃO:

3.º A: 05,08,10,12,14,15,16,17,20,22,23,25,26,27,28,30,31,32,33,35,36,41,42.

3.º B: 03,06,10,11,13,16,20,24,26,27,28,30,32,35,36,39.

3.º C: 06,07,10,11,13,18,19,20,23,28,31,34,36,37.

3.º D: 04,06,09,11,14,19,23,25,28,29,30,34,36,38.

3.º E: 01,02,04,07,11,13,14,15,17,18,20,21,22,25,26,28,29,31,32,35,36,37,38.

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 07/12 ATÉ 11/12

OBSERVAÇÕES:

1 – Leia atentamente ao texto e assinale corretamente as questões da recuperação.

2 – Procure pela palavras-chave como: título de eleitor, voto, eleições, urna eletrônica, voto de cabresto, Era Vargas, Redemocratização.

3 - Tente realizar as atividades do 4.º Bimestre acessando os links deixados aqui.

4 – Qualquer dúvida, procure o professor enviando mensagem do chat da plataforma Classroom, através do email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ou no whatsapp: 14 98174-8501.

5 – Dias e horário de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23 horas); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00). Sábado e Domingo (Descanso semanal do professor).

FORMULÁRIOS GOOGLE:

3.º A:

Link: recuperação 4.º Bimestre: https://forms.gle/BTVBzkC7ZDhoJM36A

Atividade 1: https://forms.gle/WR4hyigpjDpTCQWEA

Atividade 2: https://forms.gle/y6igoDQSckgGcwQX9

Atividade 3: https://forms.gle/ZZ7ViE3G4HjrJindA

Atividade 4: https://forms.gle/F6SNoKn6eN3TTkV66

Atividade 5: https://forms.gle/yVsM97Me6PH8tA1G7

Atividade 6: https://forms.gle/C5QMpcwMr2Q4PuhW9

Atividade 7: https://forms.gle/BMgX46tn69mebUiT8

 

3.º B:

Link: recuperação 4.º Bimestre: https://forms.gle/jRYjoQqfN4xkJSLj9

Atividade 1: https://forms.gle/cFEdTBVTjUkLWqDr5

Atividade 2: https://forms.gle/TMZPTQaCFCanfdCg7

Atividade 3: https://forms.gle/QjdRW6ocMDiSDcdo8

Atividade 4: https://forms.gle/ZQYEJtAark4NJJ7q9

Atividade 5: https://forms.gle/7S3UqHHvzdp5DPce7

Atividade 6: https://forms.gle/uXRXZBeStvhH4Gfa7

Atividade 7: https://forms.gle/Lm98aBNaaK6mL1Md6

 

3.º C:

Link: recuperação 4.º Bimestre: https://forms.gle/ttMZanEkMj1GXVqU6

Atividade 1: https://forms.gle/NfYPXVFJWWKN2nzo6

Atividade 2: https://forms.gle/4KfimDWzPWKGiTzJA

Atividade 3: https://forms.gle/RkTrTjcjViJCYUcD7

Atividade 4: https://forms.gle/5eHwjQoxUmaGxYHa6

Atividade 5: https://forms.gle/abNPQ8Zw7sXv1FBN6

Atividade 6: https://forms.gle/iNHMMqXjD795jgMq8

Atividade 7: https://forms.gle/YfFEMtgohLTojRHW6

 

3.º D:

Link: recuperação 4.º Bimestre: https://forms.gle/XA97JBiKEJ4M2SCe9

Atividade 1: https://forms.gle/nndHxyZE4pQ93qSP6

Atividade 2: https://forms.gle/VEPSiJG1APtGkdgi9

Atividade 3: https://forms.gle/a36Dbwqbdnw1fnSH7

Atividade 4: https://forms.gle/EArnLU1F9NRm1Ejd9

Atividade 5: https://forms.gle/hMaLxPRT84zLvTMx8

Atividade 6: https://forms.gle/Dkst483rLySoTxv47

Atividade 7: https://forms.gle/6zcAvUapAECLZXUm9

 

3.º E:

Link: recuperação 4.º Bimestre: https://forms.gle/tq3hrw1Ax5ocNs797

Atividade 1: https://forms.gle/UWmtFNKE4r8SmSd57

Atividade 2: https://forms.gle/y6X4WvzJow7645418

Atividade 3: https://forms.gle/ZgpNhzVyFwLeHGAu9

Atividade 4: https://forms.gle/7MdayGtmWQ3zPEdo9

Atividade 5: https://forms.gle/bUtpGsEG7zYYVNQTA

Atividade 6: https://forms.gle/sDXeAqBfSiKEhPPJ9

Atividade 7: https://forms.gle/PrxDJEkDNDFLc7CB7

 

3.º ANO

RECUPERAÇÃO DE SOCIOLOGIA

O TÍTULO DE ELEITOR E A SISTEMATIZAÇÃO DOS VOTOS

O título de eleitor – utilizado em todas as eleições de forma obrigatória – foi instituído em 1881. Na época, o título foi autorizado como forma de evitar fraudes no sistema eleitoral brasileiro, mas a estratégia não funcionou bem, já que o documento não possuía foto do eleitor.

Além disso, entre a Proclamação da Independência e a Era Vargas, o voto continuou sendo um direito apenas dos homens livres. Sendo assim, analfabetos, negros e mulheres eram excluídos do sistema eleitoral brasileiro.

Outro ponto eram as constantes fraudes no sistema político, incluindo a compra de votos, como no voto de cabresto.

Em 1930, o sistema de votos no Brasil ficou nas mãos de Getúlio Vargas, quando o presidente estabeleceu o sistema de votação indireta para a Assembleia Constituinte e governantes.

Já em 1945, a eleição voltou a ser universal, com a redemocratização do país. Além disso, as mulheres conquistaram o direito ao voto.

Porém, com o golpe militar, em 1964, o voto universal foi, novamente, tirado do sistema eleitoral brasileiro. Os direitos políticos foram retirados por meio dos atos institucionais, como o AI-5.

Os votos só começaram a ser informatizados em 1960, com a máquina de votar, apresentada por Ricardo Puntel ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Já em 1989, todo o sistema eleitoral já era eletrônico, sendo a apuração eletrônica dos votos instituída em 1993.

Por fim, no ano 2000, todos os eleitores já podiam usar a urna eletrônica para escolher representantes políticos, como vereadores e políticos.

ATIVIDADE

ASSINALE A RESPOSTA CORRETA:

1) O TÍTULO DE ELEITOR FOI INSTITUIDO EM QUE ANO:

(   ) 1989.

(   ) 1881.

2) POR VOLTA DE QUE ANO, OS ELEITORES PODIAM USAR A URNA ELETRÔNICA PARA VOTAR:

(   ) 2000.

(   ) 1930.

 

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 30/11 ATÉ 04/12

OBSERVAÇÕES:

1 – Leia a atividade com atenção.

2 – O texto da aula trata do papel da esperança e do sonho.

3 – Procure pelas palavras-chave: ditadura militar; democracia; esperança; censura; repressão.

4 – Assista as aulas no Centro de Mídias às 5.ªs feiras no horário das 19:15.

5 – Qualquer dúvida, entrar em contato pelo email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ou no whatsapp 14 981748501 e pelo classroom.

6 – Horário de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às 11:05hs e 19:00 às 23:00hs), Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00hs), Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05hs e 19:00 às 23:00hs).

Responder e enviar as atividades no Formulários do Google ou no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

FORMULÁRIOS DO GOOGLE:

3.º A: https://forms.gle/UHZDfxqJifzYFjfy8

3.º B: https://forms.gle/TociQLw4enJcJmYR6

3.º C: https://forms.gle/SayUE7jtFd2G4F6x7

3.º D: https://forms.gle/AdCnwJWy5CmZY7NJA

3.º E: https://forms.gle/pGAeYjb1qmWE5y2p8

 

3.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

O PAPEL TRANSFORMADOR DA ESPERANÇA E DO SONHO

Leia a letra e ouça a seguinte música de Chico Buarque. Mas, vamos entender alguns detalhes do contexto. Esta música trata da esperança e foi escrita por Chico Buarque no período do Regime Militar (1964-1985), para criticar a situação de nosso país e dizer que toda aquela opressão um diz, com certeza, terminaria. Expressa a esperança de que tudo seria superado e que é possível sonhar, pensar em um futuro em que tudo seria diferente.

Vamos prestar atenção e analisar a letra:

 

Apesar de você (Chico Buarque)

 

Hoje você é quem manda

Falou, tá falado

Não tem discussão

A minha gente hoje anda

Falando de lado

E olhando pro chão, viu

Você que inventou esse estado

E inventou de inventar

Toda a escuridão

Você que inventou o pecado

Esqueceu-se de inventar

O perdão

 

Apesar de você

Amanhã há de ser

Outro dia

Eu pergunto a você

Onde vai se esconder

Da enorme euforia

Como vai proibir

Quando o galo insistir

Em cantar

Água nova brotando

E a gente se amando

Sem parar

 

Quando chegar o momento

Esse meu sofrimento

Vou cobrar com juros, juro

Todo esse amor reprimido

Esse grito contido

Este samba no escuro

Você que inventou a tristeza

Ora, tenha a fineza

De desinventar

Você vai pagar e é dobrado

Cada lágrima rolada

Nesse meu penar

 

Apesar de você

Amanhã há de ser

Outro dia

Inda pago pra ver

O jardim florescer

Qual você não queria

Você vai se amargar

Vendo o dia raiar

Sem lhe pedir licença

E eu vou morrer de rir

Que esse dia há de vir

Antes do que você pensa

 

Apesar de você

Amanhã há de ser

Outro dia

Você vai ter que ver

A manhã renascer

E esbanjar poesia

Como vai se explicar

Vendo o céu clarear

De repente, impunemente

Como vai abafar

Nosso coro a cantar

Na sua frente

 

Apesar de você

Amanhã há de ser

Outro dia

Você vai se dar mal

Etc. e tal

ATIVIDADE:

ANÁLISE A LETRA DA MÚSICA DE CHICO BUARQUE COM ATENÇÃO:

1) QUEM É O “VOCÊ” MENCIONADO NA LETRA DA MÚSICA “APESAR DE VOCÊ” DE CHICO BUARQUE?

(   ) A Ditadura Militar (1964-1985)

(   ) A Democracia.

(   ) A Igreja Católica.

2) A EXPRESSÃO “AMANHÃ HÁ DE SER/OUTRO DIA” CONTIDA NA MÚSICA “APESAR DE VOCÊ” PASSA A IDEIA DE:

(   ) Continuidade.

(   ) Tristeza.

(   ) Esperança.

 

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 20/11 ATÉ 27/11

Observações:

1 – Leia atentamente as questões e responda corretamente.

2 – Procure pelas palavras-chave.

3 – A atividade trata da discussão da reprodução da violência e da desigualdade social no Brasil.

4 – Responder preferencialmente nos formulários do Google que serão disponibilizados no Classroom.

5 – Qualquer dúvida entrar em contato no whats 14 98174-8501 ou no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

6 – Atendimento aos alunos no chat da plataforma Classroom e no whats nos dias e horário: Segunda (07:00 às 11: 05 e 19:00 às 23:00), Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00), Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7 – Assistir as aulas no Centro de Mídias na 5.ª feira às 19:15.

FORMULÁRIOS GOOGLE:

3.º A: https://forms.gle/JCVm91pxMSYoNkyJ6

3.º B: https://forms.gle/LMWGRcvZG6VWgmbj8

3.º C: https://forms.gle/CMd6kHG4aQYj4N1XA

3.º D: https://forms.gle/vHV7HGufhS84uVcw8

3.º E: https://forms.gle/3P3Gf8NyxNZ1t6sJ7

 

3.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

REPRODUÇÃO DA VIOLÊNCIA E DA DESIGUALDADE SOCIAL

TEXTO 1

“A morte de sete crianças indefesas na madrugada do dia 23 de julho de 1993 chocou o país e o mundo, descortinando nossos olhares para uma dura realidade. O assassinato dos menores da Candelária ocorreu, segundo depoimento dos sobreviventes, em virtude da prisão de um homem chamado Neilton. Ele foi detido pela Polícia Militar pelo fato de carregar consigo três latas de cola durante uma passeata. Ao verem os PMs agredirem Neilton, os amigos do jovem apedrejaram um carro de polícia, quebrando-lhe os vidros. Um policial, ofendido com o ocorrido, ameaçou os menores, dizendo que voltaria ao local. Os garotos identificaram esse policial como tenente Sá.

Um dia após o incidente, por volta da 0:30 hora, cerca de 50 menores que dormiam sob a marquise de um edifício na Praça Pio 10, ao lado da Igreja da Candelária, foram acordados por alguns homens que perguntavam por ‘um tal de Russo’. Ao identificarem o ‘Russo’, dispararam tiros de revólver sobre ele, matando-o. A partir daí o desespero tomou conta da cena: jovens, correndo para todos os lados, fugiam dos disparos. O saldo da ação violenta foi a morte de quatro menores, três após darem entrada no hospital Souza Aguiar. Dois foram vitimados depois de serem capturados pelos atiradores e empurrados para dentro de um carro. Receberam tiros no rosto e foram jogados nas imediações da Candelária.”

PEDROSO, Regina C. Violência e cidadania no Brasil: 500 anos de exclusão. São Paulo: Ática, 2006. p. 70-71.

 

TEXTO 2

Jardim Botânico, cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, 12 de junho de 2000. Ondas eletromagnéticas atravessam o éter da cidade maravilhosa para levar aos lares de milhões de brasileiros pouco mais de cinco horas de imagens ao vivo de violência urbana, comum em muitas metrópoles. As imagens revelavam que um jovem, ao tentar assaltar um ônibus, teve sua ação interrompida pela polícia e pela imprensa, que cercaram o veículo. O assalto frustrado transformou-se, de um momento para outro, em sequestro.

Dois anos depois, o diretor José Padilha realizou o documentário Ônibus 174, no qual retomou o acontecimento mencionado acima para tentar compreendê-lo. Nesse processo, o cineasta apresentou o principal protagonista do evento: Sandro do Nascimento – o sequestrador.

A artista plástica Yvonne Bezerra de Mello, que conhecia Sandro desde os tempos em que ela desenvolvia um trabalho social com os meninos de rua da Candelária, em seu depoimento, informa que Sandro, aos seis anos de idade, presenciou o assassinato violento de sua mãe na favela do Rato Molhado. Sem ninguém para apoiá-lo – o pai desconhecido –, o menino acaba indo viver na rua, primeiro no Méier e depois na Zona Sul. Lá, afirma Yvonne, é mais fácil arranjar dinheiro com turistas. Com os laços familiares desfeitos, a criança termina por se juntar a uma gangue de meninos de rua. Sandro foi um dos meninos que sobreviveram ao massacre da Candelária.”

RAMOS, Paulo. R. A imagem, o som e a fúria: a representação da violência no documentário brasileiro. In: Estudos Avançados, v. 21, nº 61, 2007. p. 228. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/v21n61/a15v2161.pdf. Acesso em: 22 novembro de 2020.

 

                                                              ATIVIDADE

LEIA OS TEXTOS E RESPONDA CORRETAMENTE

1) QUEM FOI O PROTAGONISTA DOS DOIS ACONTECIMENTOS?

2) COMO FICOU CONHECIDO O ACONTECIMENTO EM QUE MENORES FORAM ASSASSINADOS NA CIDADE DO RIO DO JANEIRO?

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 16/11 ATÉ 20/11

PREZADO ALUNO, 

APLICAÇÃO  DA AVALIAÇÃO  PROCESSUAL,  TERÁ  INICIO , EM 13/11 ATÉ  23/11/2020,SERÁ  ON LINE.
INFORMAMOS DA OBRIGATORIEDADE DA REALIZAÇÃO  DA REFERIDA AVALIAÇÃO, PARA EFEITO DE  MÉDIA  FINAL DO ANO LETIVO DE 2020.
💢A AVALIAÇÃO  CONSTITUE DE 26 QUESTÕES  DE PORTUGUÊS  E 26 DE MATEMÁTICA 
💢SIGA  AS INSTRUÇÕES  PASSO A PASSO PARA ACESSAR A AVALIAÇÃO:
💢ENTRAR NA SED-SECRETARIA ESCOLAR DIGITAL 
https://sed.educacao.sp.gov.br/
PREENCHA OS DADOS DE LOGIN E SENHA 
LOGIN: (NÚMERO  RA)
SENHA: DATA DE NASCIMENTO ( Se não mudou)
NO MENU, SELECIONE AS  OPÇOES:
💢  PEDAGÓGICO 
💢PLATAFORMA  CAED
CLIQUE EM CADERNO 
DE ATIVIDADES  DE PORTUGUÊS  E MATEMÁTICA 
CLIQUE EM INICIAR,LEIA COM ATENÇÃO AS QUESTÕES,  ESCOLHA A RESPOSTA CORRETA, CLIQUE EM PRÓXIMO 
CHEGANDO NA ÚLTIMA QUESTÃO,  CLIQUE EM FINALIZAR. APÓS FINALIZAR NÃO  PODERÁ  RETORNAR  A PROVA.
APÓS  O INÍCIO  DA AVALIAÇÃO   O ALUNO PODERÁ  FINALIZAR EM ATÉ  48 HORAS CORRIDAS.
O ALUNO QUE NÃO  DISPOR DE RECURSOS  TECNOLÓGICOS,  PODERÁ  FAZER  A AVALIAÇÃO  NA ESCOLA,  NO HORÁRIO  DAS 8:00 ÀS 20: 00 HORAS  , COM OS COORDENADORES BENILTON  OU EDUARDO  SEGUINDO O PROTOCOLO DE SEGURANÇA CONTRA O COVID 
FONE ESCOLA: 3425-3044
3425-2107

OU PODERÁ  REALIZAR A AVALIAÇÃO  PELO APLICATIVO  CAED:
ABRIR O PLAY STORE GOOGLE
PESQUISAR  APLICATIVO:
💢CADERNOS DE ATIVIDADES DE SÃO  PAULO( CAED-UFJF)
CLIQUE  EM ENTRAR
DIGITAR RA E SENHA
APARECERÁ  AS OPÇÕES  DE AVALIAÇÃO  PORTUGUÊS  E MATEMÁTICA 
LEIA COM ATENÇÃO , MARCANDO  UMA RESPOSTA
O TEMPO SERÁ  DE 48 HORAS  , PARA RESPONDER ÀS  QUESTÕES,  APÓS  TER  INICIADO O TESTE.
FINALIZAR
APÓS  FINALIZAR NÃO  PODERÁ  RETORNAR A PROVA.
CASO VOCÊ  TENHA QUALQUER DÚVIDA,  PEÇA  AJUDA AO SEU PROFESSOR 

💢💢💢💢💢💢💢💢


ALUNOS: NÃO DEIXE PARA ÚLTIMA  HORA , REALIZE O QUANTO ANTES A AVALIAÇÃO   ...
FAÇA  COM ATENÇÃO,  BOA PROVA

💢💢💢💢💢💢💢💢







 

 

-Assista ao vídeo para esclarecer suas dúvidas:

https://www.youtube.com/watch?v=j389erhv-QY

https://www.youtube.com/watch?v=oB6uaAx4Tek

ATIVIDADES DA SEMANA DE 09/11 ATÉ 13/11

OBSERVAÇÕES:

1-Leia o texto com atenção.

2-A atividade trata de escravidão contemporânea.

3-Procure pelas palavras-chaves.

4-Observe as definições e conceitos empregados no texto.

5-Ao final, responda as questões ao final da atividade.

6-Qualquer dúvida me contate pelo whatsapp 14 981748501 ou pelo email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

7-Estarei online na Plataforma do Classroom, Whats e Email nos seguintes dias e horários: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00

às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

8-Assistir as aulas no Centro de Mídias às 5.ªs feiras no horário das 19:15hs.

9-Ao concluir a atividade, enviar as respostas pelo formulário do Google ou pelo Whatsapp 14 981748501 ou pelo email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

PRAZO DE ENTREGA

13/11/2020

FORMULÁRIOS DO GOOGLE:

3.º A: https://forms.gle/2HHeCyzcdsKHErau8

3.º B: https://forms.gle/BFiaja7JirXck7vi8

3.º C: https://forms.gle/yqc6PFEs8Y3NhuQ3A

3.º D: https://forms.gle/49S6yjcjKyKnn1kJ6

3.º E: https://forms.gle/yPDfYouomfWSjvbE8

 

3.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

A ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEA

Existem várias formas de escravidão contemporânea. Para entender como ela funciona, leia o texto a seguir:

“A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, representou o fim do direito de propriedade de uma pessoa sobre a outra, acabando com a possibilidade de possuir legalmente um escravo no Brasil. No entanto, persistiram situações que mantêm o trabalhador sem possibilidade de se desligar de seus patrões. Há fazendeiros que, para realizar derrubadas de matas nativa s para formação de pastos, produzir carvão para a indústria siderúrgica, preparar o solo para plantio de sementes, algodão e soja, entre outras atividades agropecuárias, contratam mão de obra utilizando os contratadores de empreitada, os chamados ‘gatos’. Eles aliciam os trabalhadores, servindo de fachada para que os fazendeiros não sejam responsabilizados pelo crime.

Esses gatos recrutam pessoas em regiões distantes do local da prestação de serviços ou em pensões localizadas nas cidades próximas. Na primeira abordagem, mostram-se agradáveis, portadores de boas oportunidades de trabalho. Oferecem serviço em fazendas, com garantia de salário, de alojamento e comida. Para seduzir o trabalhador, oferecem ‘adiantamentos’ para a família e garantia de transporte gratuito até o local do trabalho.

O transporte é realizado por ônibus em péssimas condições de conservação ou por caminhões improvisados sem qualquer segurança. Ao chegarem ao local do serviço, são surpreendidos com situações completamente diferentes das prometidas. Para começar, o gato lhes informa que já estão devendo. O adiantamento, o transporte e as despesas com alimentação na viagem já foram anotados em um ‘caderno’ de dívidas que ficará de posse do gato. Além disso, o trabalhador percebe que o custo de todos os instrumentos que precisar para o trabalho – foices, facões, motosserras, entre outros – também será anotado no caderno de dívidas, bem como botas, luvas, chapéus e roupas. Finalmente, despesas com os improvisados alojamentos e com a precária alimentação serão anotados, tudo a preço muito acima dos praticados no comércio.

Convém lembrar que as fazendas estão distantes dos locais de comércio mais próximos, sendo impossível ao trabalhador não se submeter totalmente a esse sistema de ‘barracão’, imposto pelo gato a mando do fazendeiro ou diretamente pelo fazendeiro.

Se o trabalhador pensar em ir embora, será impedido sob a alegação de que está endividado e de que não poderá sair enquanto não pagar o que deve. Muitas vezes, aqueles que reclamam das condições ou tentam fugir são vítimas de surras. No limite, podem perder a vida.”

SAKAMOTO, Leonardo (Coord.). Trabalho escravo no Brasil do século XXI. Brasília: Organização Internacional do Trabalho, 2007. p. 21-22. Disponível em: http://www.oitbrasil.org.br/sites/default/files/topic/forced_labour/pub/trabalho_

escravo_no_brasil_do_%20seculo_%20xxi_315.pdf.  Acesso em: 22 maio 2013.

 

A escravidão vem sendo definida e qualificada por organismos internacionais desde o século passado, por meio de uma série de convenções e tratados que visam a regulamentar, coibir e abolir formas de exploração do trabalho que violam direitos constituídos ou que vieram a ser consideradas “similares à condição de escravidão”. O que vem a ser isso?

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a escravidão é definida como o estado ou condição de um indivíduo sobre o qual se exercem, total ou parcialmente, os atributos de direito de propriedade.

Já os atos considerados similares à escravização de seres humanos abrangem:

*Servidão por dívidas, ou seja, quando alguém é obrigado a oferecer seus serviços ou de terceiros sobre os quais tenha autoridade, sem que haja definição sobre a duração dos serviços, tampouco o seu valor ou tipo (ausência de contrato).

*Servidão por lei, costume ou acordo que obrigue uma pessoa a trabalhar sem poder mudar sua condição.

*Práticas em que mulheres, crianças ou adolescentes são cedidas ou vendidas em casamento, por morte do marido ou a terceiros, para fins de exploração ou não.

No Brasil, como essa questão tem sido tratada? Atualmente, o repúdio à prática da escravidão

não é apenas um movimento em defesa da liberdade, mas uma proibição que se estende a todos

os âmbitos do direito internacional e dos direitos humanos. Contudo, práticas que atentam contra esses direitos ainda são comuns no cenário nacional, especialmente nos Estados do Pará, Mato Grosso, Tocantins, Piauí, Maranhã o e Bahia. Recentemente, o Congresso Nacional aprovou penas mais duras visando coibir o trabalho escravo. A Lei nº 10 803, de 11/12/2003, alterou o artigo nº 149 do Código Penal e estabeleceu com maior precisão os elementos a partir dos quais são identifica da s as formas em que as vítimas são reduzidas à condição de escravidão. A lei prescreveu também penas mais rigorosas para os infratores. Quais são as características da escravidão contemporânea?

*A escravidão contemporânea não se reduz à condição de propriedade ou perda da liberdade, mas envolve, principalmente, a questão da exploração do trabalho.

*Nesse sentido, uma condição fundamental para o exercício da cidadania são as garantias fundamentais da dignidade humana.

 

*Por essa razão, são consideradas formas análogas à escravidão o trabalho forçado e o trabalho degradante.

 

*Trabalho forçado (ou obrigatório): segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), é todo trabalho ou serviço exigido de uma pessoa sob a ameaça de sanção e para o qual não se tenha oferecido espontaneamente.

 

*Trabalho degradante: é o trabalho em que as condições mais básicas são negadas ao trabalhador, como salário que atenda satisfatoriamente suas necessidades de sobrevivência e de sua família, o direito a uma jornada justa, que não ofereça riscos à sua saúde ou à sua segurança, e lhe permita o convívio social, sem limitações materiais quanto a alimentação, higiene e moradia.

 

ATIVIDADE

1) OS ATOS CONSIDERADOS SIMILARES A ESCRAVIZAÇÃO DE SERES HUMANOS ABRANGEM:

2) O QUE É O TRABALHO DEGRADANTE?

 

 

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 03/11 ATÉ 06/11

 

OBSERVAÇÕES:

1-ler atentamente ao texto e responder corretamente as questões.

2-O texto da aula trata das condições de elegibilidade em uma eleição brasileira

3-Procure pelas palavras-chave como: eleição, voto, idade, cargo.

4-Assistir as aulas no Centro de Mídias as 5.ªs feiras no horário das 19:15hs.

5-Responder as questões da atividade preferencialmente no formulário do Google disponibilizado. Quem não conseguir acessar, pode enviar imagens legíveis da atividade realizado no whatsapp 14 98174-8501 ou no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

6-Estarei atendendo aos alunos nos seguintes dias e horários: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00). Qualquer dúvida enviar mensagem no whatsapp ou no email.

 

FORMULÁRIOS GOOGLE:

3.º A: https://forms.gle/N2p81AJ3Pj3gZiwh6

3.º B: https://forms.gle/wsrr5z9sCf3d58NE6

3.º C: https://forms.gle/wkxjzSTmaLdDNjFN9

3.º D: https://forms.gle/8RKPpG1sCJukVEJN9

3.º E: https://forms.gle/K1RCD4sMWycrioDj6

 

3.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE

O exercício dos direitos políticos em uma democracia não consiste apenas no voto, isto é, em eleger representantes, mas também em representar, ser eleito ou se eleger. A participação política em um governo democrático também pode ocorrer por meio de uma carreira no Executivo, no Legislativo ou, ainda, no Judiciário, se o candidato optar por seguir a carreira jurídica. Antes de iniciar esta etapa, pergunte aos alunos: Você já pensou em ser candidato? Justifique sua resposta. Em caso de resposta afirmativa, coloque: Nesse caso, para qual cargo concorreria? Por quê? Estabeleça um tempo de trabalho e, em seguida, discuta as posições da turma. Caso ninguém queira ser candidato, coloque esse posicionamento em debate e procure levantar, entre os alunos, as razões para isso.

As condições de elegibilidade para os cargos eletivos estão previstas no § 3º do Artigo 14 da Constituição Federal. Para estudá-las de forma mais aprofundada, disponha os alunos em círculo e realize uma leitura compartilhada do seguinte texto:

Segundo a Constituição Federal de 1988, são condições de elegibilidade que deverão ser preenchidas pelo cidadão que deseje concorrer a cargo eletivo:

Nacionalidade: o candidato precisa ser brasileiro. Para os cargos de presidente e vice-presidente da República, o candidato precisa ter nascido no Brasil. O mesmo vale para os candidatos que disputarem os cargos de presidente da Câmara dos Deputados e presidente do Senado Federal. Para os demais cargos, basta a nacionalidade brasileira, podendo o candidato ser estrangeiro naturalizado.

Direitos políticos: o candidato precisa ter pleno exercício dos seus direitos políticos. No Brasil,

a perda dos direitos políticos se dá nos seguintes casos: a) cancelamento da naturalização por

meio de sentença judicial; b) incapacidade civil absoluta (menores de 16 anos, pessoas enfermas

ou que sofrem de doenças mentais, ou qualquer condição temporária que as impeça de exprimir

sua vontade); c) condenação criminal pormeio de sentença judicial; d) recusa em cumprir obrigação imposta por lei; d) improbidade administrativa (crimes que causam prejuízo à administração pública, como desvio de dinheiro, corrupção etc.).

Alistamento eleitoral: o candidato deve, obrigatoriamente, estar inscrito como eleitor em colégio eleitoral, ou seja, possuir título de eleitor. Não podem se candidatar os cidadãos que não possuem título de eleitor ou não podem obtê-lo (estrangeiros, encarcerados, incapacitados etc.).

Domicílio eleitoral: o domicílio eleitoral corresponde ao local onde o eleitor vota. Geralmente, é o local onde ele está inscrito e que consta no seu título de eleitor. No sistema eleitoral brasileiro, exige-se a comprovação de que o candidato esteja inscrito naquela circunscrição ou local pelo menos um ano antes da eleição, ou seja: prova de moradia, vínculo patrimonial, cultural ou social com a localidade em que deseja concorrer.

Filiação partidária: o Direito Eleitoral brasileiro não permite a candidatura avulsa, de modo que os partidos políticos são as únicas organizações que podem indicar candidatos a ser eleitos. O indivíduo escolhido em convenção partidária como candidato deverá comprovar a sua condição de filiado ao partido político por pelo menos um ano, sem interrupção, antes de concorrer às eleições. Além disso, não pode ser filiado a mais de um partido ao mesmo tempo.

Idade mínima: dependendo do cargo em disputa, é preciso ter atingido a idade mínima prevista

pela lei para exercê-lo:

Cargo: Presidente, vice-presidente e senador – Idade Mínima: 35 anos.

Cargo: Governador e vice-governador – Idade Mínima: 30 anos.

Cargo: Deputado federal, deputado estadual ou distrital, prefeito e vice-prefeito – Idade Mínima: 21 anos.

Cargo: Vereador – Idade Mínima: 18 anos.

 

Alfabetização: no Brasil, os analfabetos têm o direito de votar, mas não podem se candidatar para concorrer a cargos eletivos. A pessoa alfabetizada é aquela que sabe ler e escrever. Não há exigência de grau de escolaridade, certificação ou diploma, mas que tenha condições de compreender um texto, ler notícias de jornal, capacidade de redação etc. No momento do registro, entretanto, é preciso que o candidato comprove que sabe ler e escrever, por meio de uma declaração de próprio punho, ou documentos escolares, certificados ou diplomas.

 

ATIVIDADE

RESPONDA CORRETAMENTE AS QUESTÕES:

1) PARA O CANDIDATO SER ELEITO PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA BRASILEIRA, ELE PRECISA TER NASCIDO NO BRASIL?

(   ) NÃO

(   ) SIM

2) PARA SE CANDIDATAR A UM CARGO ELETIVO NO BRASIL, O CANDIDATO PRECISA ESTAR FILIADO A UM PARTIDO POLÍTICO?

(   ) SIM

(   ) NÃO

 

 

 


 ATIVIDADES DA SEMANA DE 26/10 ATÉ 30/10

Observações:

1 – Ler atentamente o texto e realizar a atividade corretamente.

2 – O texto aborda a temática de como funcionam as eleições, mais especificamente, o voto.

3 – Procure pelas palavras-chave.

4 – Assistir as aulas no Centro de Mídias às 5.ªs feiras no horário da 19:15.

5 – Estarei atendendo aos alunos no whatsapp 14 98174-8501 e no email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

6 – Horários e Dias de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05); e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7 – Estarei recebendo as atividades no whatsapp (Imagens legíveis), Email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br e no formulário do Google.

 

3.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

COMO FUNCIONAM AS ELEIÇÕES

O VOTO

Quando se pensa em eleição, uma das primeiras coisas que nos vêm à cabeça é o ato de votar. Mas o voto é apenas um dos aspectos da democracia e, embora seja uma parte importante do exercício dos direitos políticos, há muitas formas de exercer esse direito, bem como regras para o seu procedimento. Nesse sentido, cabe a pergunta: Será que sabemos votar? Temos consciência da importância do voto no momento da eleição?

LEIA O TRECHO A SEGUIR:

O voto é o exercício do direito de sufrágio, palavra originada do latim que significa o direito político de todo cidadã o de eleger, ser eleito e de participar da organização e da atividade do poder. O exercício do sufrágio para a escolha dos representantes dos Poderes Executivo e Legislativo é realizado por meio do voto.

Em uma democracia, sistema adotado pelo Brasil, o sufrágio consiste, portanto, na possibilidade de os cidadãos, entendidos como o conjunto dos eleitores, manifestarem a sua vontade para a formação do governo. O sufrágio, como participação do povo na formação do governo, pode ser:

Universal: quando todo o povo tem direito à participação no processo de organização do poder;

Restrito: quando algum fator discriminatório restringe a participação política de determinados grupos (como, por exemplo, o das mulheres e o dos analfabetos), seja diretamente, seja por meio de representantes;

Igual: além de o eleitor exercer o sufrágio por meio do voto, seu voto tem a mesma importância que todos os demais;

Desigual: o eleitor pode votar mais de uma vez ou o voto de uns vale mais que o de outros.

 



ATIVIDADE:

 

LEIA ATENTAMENTE O TEXTO E RESPONDA A QUESTÃO:

1) NOME E SÉRIE

2) QUAL A CARACTERÍSTICA DO VOTO NO BRASIL?

3) O QUE É O VOTO SECRETO?

4) O QUE É O VOTO DIREITO?

5) O QUE É O VOTO OBRIGATÓRIO?

 


 

ATIVIDADES DA SEMANA 19/10 ATÉ 23/10

 

Observações:

1 – Ler atentamente o texto e realizar a atividade corretamente.

2 – O texto aborda a temática do Poder Executivo e do Poder Legislativo.

3 – Procure pelas palavras-chave.

4 – Assistir as aulas no Centro de Mídias às 5.ªs feiras no horário da 19:15.

5 – Estarei atendendo aos alunos no whatsapp 14 98174-8501 e no email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

6 – Horários e Dias de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05); e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7 – Estarei recebendo as atividades no whatsapp (Imagens legíveis), Email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br e no formulário do Google.

 

3.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

O PODER EXECUTIVO  E O PODER JUDICIÁRIO

PODER EXECUTIVO

O Poder Executivo exerce a função administrativa, atuando direta ou indiretamente na execução de programas ou na prestação de serviços públicos. Na esfera federal, é exercido pelo presidente da República, auxiliado por seus ministros de Estado. Em sua função de vigiar e controlar os demais poderes, o Executivo tem o papel de nomear os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e dos demais tribunais superiores, além de participar da elaboração das leis, por meio da sanção ou veto aos projetos, e, também, da escolha dos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU). O presidente exerce, ainda, o controle supremo das Forças Armadas.

O Poder Executivo Estadual é parte indissociável da República Federativa do Brasil e é exercido pelo governador, eleito para um mandato de quatro anos. O governador tem como auxiliares diretos o vice-governador e os secretários estaduais. No Distrito Federal também há governador e vice, mas os secretários são distritais. O Poder Executivo Estadual tem por princípios e objetivos o respeito à unidade da Federação, à Constituição Federal e à Estadual, à inviolabilidade dos direitos e garantias fundamentais, entre outros. Por isso, o Estado exerce em seu território toda a competência que não lhe seja vetada pela Constituição Federal. A organização político-administrativa compreende os municípios, regidos por leis orgânicas próprias.

O Poder Executivo Municipal tem como chefe o prefeito, que é escolhido entre maiores de 21 anos para exercer um mandato de quatro anos. O chefe do Executivo Municipal tem como auxiliares diretos o vice-prefeito e os secretários municipais. O prefeito tem atribuições políticas e administrativas que se consolidam em atos de governo e se expressam no planejamento das atividades, obras e serviços municipais. Cabem ao prefeito, ainda, a apresentação, a sanção, a promulgação e o veto de proposições e projetos de lei. Anualmente, o Executivo Municipal elabora a proposta orçamentária, que é submetida à Câmara dos Vereadores.

 

O PODER JUDICIÁRIO

Tal como o Poder Executivo, o Poder Judiciário é uma estrutura complexa, composta de uma série de órgãos, que possuem diferentes hierarquias e obedecem à divisão das esferas de governo da União. É importante ter clareza sobre o papel que essas instituições exercem na vida do cidadão. Para isso, você pode realizar um exercício de reflexão a respeito da função desse Poder na relação com os demais: o Legislativo e o Executivo. Exponha a seguinte questão: Pensando em termos das funções do Estado, para que serve o Poder Judiciário? Espera-se que os alunos façam referência a exemplos ligados ao âmbito da Justiça, como “julgar”, “fazer justiça”, “condenar os criminosos”, entre outras respostas possíveis. Caso isso não ocorra, procure dar um exemplo de uma situação cotidiana em que há um conflito que precisa ser resolvido e, em seguida, pergunte à turma a quem seria necessário recorrer para resolver a questão. Explicite que, em muitas ocasiões, os cidadãos precisam da intervenção de uma instância superior ligada ao Estado para resolver um conflito, de modo que os direitos e deveres entre as pessoas envolvidas sejam respeitados. O mesmo ocorre no governo. Quando há um conflito entre o Poder Executivo, representa - do pelo presidente da República, pelo governador do Estado ou pelo prefeito municipal, e o Poder Legislativo, representado pelo Congresso Nacional, pela Assembleia Legislativa ou pela Câmara dos Vereadores, é preciso que o Poder Judiciário intervenha para garantir o funciona - mento do Estado nos termos da Constituição.

No Brasil, o Poder Judiciário é dividido em uma Justiça de âmbito federal (comum ou especializada) e outra estadual. Consideram-se como Justiça Federal especializada as Justiças Trabalhista, Eleitoral e Militar. Os órgãos do Poder Judiciário são: o Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça, o Superior Tribunal de Justiça, os tribunais regionais federais e os tribunais eleitorais e militares, dos Estados e do Distrito Federal. Os juízes são os representantes em primeira e segunda instância dos respectivos   órgãos. Você pode apresentar os principais órgãos e instituições do Judiciário de forma resumida, reproduzindo na lousa elementos do quadro a seguir.

 

Supremo Tribunal Federal

 

É o órgão mais alto do Poder Judiciário. Está instalado na capital federal e tem como função   fundamental a guarda da Constituição Federal. Composto de 11 ministros, nomeados pelo presidente da República e aprovados pelo Senado, tem como principais atribuições: a) julgar se uma lei feder al ou estadual é ou não inconstitucional; b) julgar o presidente, o vice-presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios ministros, o procurador-geral da República e outros, em caso de crimes comuns; c) julgar as causas e conflitos entre União , Estados e Distrito Federal; d) os conflitos de competência entre o   Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre tribunais superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal.

 

Superior Tribunal de Justiça

 

É a última instância da Justiça brasileira para as causa s não relaciona das diretam ente à Constituição. É formado por, no mínimo, 33 ministros, escolhidos entre brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos de idade, originários de todas as classe s de profissionais do Direito ligados à administração da Justiça. Como órgão da Justiça comum, aprecia causas de todo o território nacional, em todas as vertentes jurisdicionais não especializadas. O STJ também julga crimes comuns praticados por governadores dos Estado s e do Distrito Federal, crimes comuns e de responsabilidade de desembargadores dos tribunais de justiça e de conselheiros dos tribunais de contas estaduais, dos membros dos tribunais regionais federais, eleitorais e do Trabalho.

 

Ministério Público

 

O Ministério Público defende a ordem jurídica, zelando pelo cumprimento da lei. Está dividido em Ministério Público da União (MPU) e os Ministérios Públicos dos Estados (MPEs). O MPU compreende o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério Público Militar (MPM) e o Ministerio Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). É chefia do pelo procura dor-geral da República, nomeado pelo presidente da República entre integrantes da carreira, maiores de 35 anos de idade, após a aprovação pelo Senado, para mandato de dois anos, sendo permitida a recondução.

 

ATIVIDADE

 

1) O Poder Executivo exerce a função?

2) O Poder Executivo Estadual é parte indissociável da?

3) O Poder Executivo Municipal tem como chefe o?

4) O Poder Judiciário é uma estrutura complexa, composta de?

5) O que é o Supremo Tribunal Federal?

 

 

ATIVIDADES DA SEMANA 13/10 ATÉ 16/10

Observações:

1 – Leia atentamente as questões e responda corretamente.

2 – Procure pelas palavras-chave.

3 – A atividade trata do Poder Legislativo, Senado Federal e Câmara dos Deputados.

4 – Responder preferencialmente nos formulários do Google que serão disponibilizados no Classroom.

5 – Qualquer dúvida entrar em contato no whats 14 98174-8501 ou no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

6 – Atendimento aos alunos no chat da plataforma Classroom e no whats nos dias e horário: Segunda (07:00 às 11: 05 e 19:00 às 23:00), Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00), Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7 – Assistir as aulas no Centro de Mídias na 5.ª feira às 19:15.

LINKS DOS FORMULÁRIOS:

3.º A: https://forms.gle/zDUrswwTYZ44LWTx7

3.º B: https://forms.gle/2H4DZCiD1LEopoTw9

3.º C: https://forms.gle/9HVMvNhU7xTRriNXA

3.º D: https://forms.gle/u3ad2QiNCcd4CrhdA

3.º E: https://forms.gle/tmeW5ny8AebKqF3ZA

 

3.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

O PODER LEGISLATIVO

Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos

A organização do Poder Legislativo em duas Casas, denominada bicameralismo, tem como uma das funções mais importantes permitir que, por meio do trâmite e da discussão das matérias na Câmara e no Senado, uma Casa possa revisar e aperfeiçoar os trabalhos da outra. Essa tradição teve início ainda no Império;

As leis nacionais ou federais devem ser aprovadas pelas duas Casas do Congresso Nacional. Desse modo, depois de ser aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto de lei precisa ser encaminhado ao Senado Federal. Em alguns casos, quando é o Senado que toma a iniciativa de propor uma lei, ocorre o contrário e o projeto precisa ser encaminhado para a Câmara para revisão e aprovação;

Com relação às atribuições dos senadores e dos deputados, as respostas podem ser as mais variadas possíveis. É importante enfatizar que o Poder Legislativo, como um todo, possui atribuições próprias: nesse sentido, o Congresso Nacional detém algumas tarefas em comum, previstas pela Constituição, e algumas delas são exclusivas dos senadores, enquanto outras, exclusivas dos deputados. Para que não haja dúvidas, a referência deve ser, sempre, o texto constitucional.

No Brasil, o Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, no âmbito federal, formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. A Câmara é composta de um total de 513 deputados, eleitos para um mandato de quatro anos. Os deputados representam a população de cada Estado e do Distrito Federal proporcionalmente, respeitando o limite mínimo de 8 deputados e o máximo de 70 para cada unidade da Federação. Já o Senado Federal é composto de 81 senadores, eleitos para um mandato de oito anos. Três senadores representam cada Estado e o Distrito Federal.

Segundo a Constituição Federal de 1988, o processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, as medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. O processo legislativo é exercido pelo Congresso Nacional sobre todas as matérias de competência da União (Estado), como por exemplo:

* questões tributárias, arrecadação e distribuição de recursos;

* leis e planejamento orçamentário, que definem como os recursos do governo serão gastos;

* programas de desenvolvimento;

* criação de órgãos, cargos e empregos públicos federais;

* questões monetárias, financeiras e cambiais etc.

Ao Congresso compete ainda decidir sobre tratados e acordos internacionais que impliquem algum prejuízo para o patrimônio nacional; autorizar o presidente da República a declarar guerra ou celebrar a paz ou permitir o trânsito no país de forças estrangeiras; autorizar o afastamento do país do presidente e do vice-presidente da República por mais de quinze dias; fixar os subsídios do presidente, do vice-presidente da República, dos deputados, dos senadores; julgar as contas do presidente da República; fiscalizar os atos do Poder Executivo; além de várias outras.

Entre as atribuições exclusivas da Câmara dos Deputados, duas das mais importantes são:

* autorizar a instauração de processo contra o presidente e o vice-presidente da República e os ministros de Estado;

* fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado.

Entre as atribuições exclusivas do Senado Federal, duas das mais importantes são:

  * processar e julgar o presidente e o vice-presidente da República , ministros de Estado, comandantes das Forças Armadas, ministros do Supremo Tribunal Federal, procurador-geral da República e o advogado geral da União, nos casos de crime de responsabilidade;

* aprovar operações de empréstimo externo da União, Estados, Distrito Federal e municípios, entre outras.

No âmbito estadual, o Poder Legislativo é exercido pelas Assembleias Legislativas, em 26 Estados, e pela Câmara Legislativa, no Distrito Federal. Os deputados estaduais são eleitos para mandatos de quatro anos, podendo ser reeleitos. Nessas Casas, os deputados também produz em leis, avaliam a prestação de contas dos governadores e verificam se a execução dos programas e das metas previstas para cada ano está sendo efetivamente cumprida, entre outras funções.

O Poder Legislativo nos municípios é exercido pela Câmara Municipal, que também fiscaliza os atos do Poder Executivo Municipal, inclusive os das empresas administradas indiretamente pelas prefeituras. A Câmara Municipal é integrada por vereadores eleitos entre os cidadãos maiores de 18 anos e no exercício dos direitos políticos. Eles tratam de matérias de interesse local: arrecadação de impostos; discussão e aprovação do Plano Diretor da Cidade (que estabelece as diretrizes do crescimento urbano); discussão e aprovação do orçamento anual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (que planeja onde e como aplicar o orçamento do município); sobre a dívida pública municipal; fiscalização das atividades comerciais, industriais e de serviços na cidade; vigilância sanitária; zoneamento urbano etc. A Câmara Municipal pode, também, exercer a função julgadora, quando julga os próprios vereadores, o prefeito e o vice-prefeito por infrações político-administrativas.

 

ATIVIDADE

1) Segundo o artigo 44 da Constituição Federal, o Poder Legislativo é exercido por quem?

2) Cada legislatura terá duração de quantos anos?

3) As leis nacionais ou federais devem ser aprovadas por quais Casas do Congresso Nacional?

4) O Poder Legislativo nos municípios é exercido por  quem?

5) A Câmara Municipal é integrada por quem?

 


 ATIVIDADES DA SEMANA DE 28/09 ATÉ 02/10 

OBSERVAÇÕES:

1-Leia atentamente o texto e depois procure responder corretamente as questões pedidas.

2-A aula trata do Parlamentarismo e do Presidencialismo enquanto Sistemas de Governo e que estão presentes na vida política moderna contemporânea.

3-Procure pelas palavras-chaves: Parlamentarismo; Presidencialismo; República; Monarquia; Primeiro-Ministro; Chefe de Governo; Chefe de Estado; Monarca; Rei; Presidente.

4-Assistir as aulas de Sociologia no Centro de Mídias semanalmente às 5.ªs feiras às 19:15hs.

5-Responder as questões preferencialmente no formulário do Google. Caso não seja possível, enviar as respostas das atividades realizadas e identificadas para o email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

6-Estarei atendendo os alunos em eventuais dúvidas nos dias e horários:

Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7-Eventuais dúvidas também podem ser enviadas para o email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br e no whats 14 98174-8501 e no chat do Classroom.

8-Boa semana de estudos para todos.

LINKS DOS FORMULÁRIOS:

3.º A: https://forms.gle/7Rpw6StXxt7womBB9

3.º B: https://forms.gle/RChxUtCek6d3hk1w7

3.º C: https://forms.gle/APPzCKdoqp36pzyz8

3.º D: https://forms.gle/MwhrqHQcFKFswdBAA

3.º E: https://forms.gle/7bTqE2Ki3vZXfHa18

 

3.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

PARLAMENTARISMO E PRESIDENCIALISMO

PARTE 1: PARLAMENTARISMO

O parlamentarismo teve origem na Inglaterra, quando o Rei Eduardo I oficializou as reuniões de cidadãos comuns e burgueses, criando o Parlamento, em 1295. Desde então, a instituição levou vários séculos para conseguir impor suas decisões ao monarca, tendo se dividido em duas casas, a Câmara dos Lordes (reservada aos nobres) e a Câmara dos Comuns (reservada àqueles sem título de nobreza). Mas foi somente no século XVIII que se destacou a figura do primeiro-ministro, responsável por comandar o Gabinete (os membros responsáveis por executar as ordens do rei), que passou a expor e defender suas decisões perante o Parlamento.

No século XIX, o sistema foi aperfeiçoado e o primeiro-ministro passou a ser escolhido entre os representantes da maioria parlamentar, condicionando-se sua permanência no cargo à manutenção dessa maioria.

Elabora do especialmente para o São Paulo faz escola.

É importante destacar que o parlamentarismo é um sistema de governo que pode existir tanto nas monarquias quanto nas repúblicas. São exemplos de monarquia parlamentarista a Inglaterra, a Espanha e a Holanda, entre outras. São exemplos de república parlamentarista a Itália, a França e Portugal.

Em linhas gerais, as características do parlamentarismo são:

Distinção entre chefe de Estado e chefe de Governo: o chefe de Estado, representado pelo monarca ou presidente da República, não participa das decisões políticas. A ele cabe a função de representar o Estado e atuar nos momentos de crise, indicando um novo primeiro-ministro para aprovação do Parlamento. O chefe de Governo, que exerce o poder executivo e é a figura política mais importante no parlamentarismo, é indicado pelo chefe de Estado e precisa ser aprovado pelo Parlamento para se tornar primeiro-ministro;

Interdependência entre os Poderes Executivo e Legislativo: em primeiro lugar, o Gabinete de Governo reflete a maioria parlamentar. Segundo, se o partido a que pertence o primeiro-ministro conseguir manter a maioria no Parlamento, ele permanece no cargo. Caso contrário, o partido com maior número de cadeiras ganha o direito à chefia do governo, e um novo primeiro-ministro deve ser escolhido;

Queda do Gabinete por voto de desconfiança: se um parlamentar desaprova a política desenvolvida pelo primeiro-ministro (em sua totalidade ou em algum aspecto importante), pode propor um voto de desconfiança. Caso esse voto seja aprovado pela maioria parlamentar, o primeiro-ministro deve se demitir; se não o fizer, estará contrariando a vontade do povo, representada pelo Parlamento;

Possibilidade de dissolução do Parlamento: o Parlamento pode ser dissolvido pelo chefe de Estado, a pedido deste ou do primeiro-ministro, em ocasiões especiais. Quando o primeiro-ministro percebe que só conta com uma pequena maioria, pode pedir a dissolução, apostando que a realização de eleições gerais resultará em uma ampliação da sua base de apoio. Ou, então, quando recebe um voto de desconfiança, pode pedir a dissolução, se entender que é o Parlamento que se acha em desacordo com a vontade popular. Após as eleições, se o primeiro-ministro tiver apoio da maioria no novo Parlamento, continuará no cargo; caso contrário, terá de se demitir.

 

PARTE 2: PRESIDENCIALISMO

 

“Mas, diferentemente do que ocorreu em relação ao regime parlamentar, o presidencialismo não resultou de um longo e gradual processo de elaboração. Pode-se afirmar com toda segurança que o presidencialismo foi uma criação americana do século XVIII, tendo resultado da aplicação das ideias democráticas, concentradas na liberdade e na igualdade dos indivíduos e na soberania popular, conjugadas com o espírito pragmático dos criadores do Estado norte-americano. A péssima lembrança que tinham da atuação do monarca, enquanto estiveram submetidos à coroa inglesa, mais a influência dos autores que se opunham ao absolutismo, especialmente de Montesquieu, determinou a criação de um sistema que, consagrando a soberania da vontade popular, adotava ao mesmo tempo um mecanismo de governo que impedia a concentração do poder”.

DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 240.

Diferentemente do parlamentarismo, o sistema de governo presidencialista é próprio das repúblicas. Em linhas gerais, o representante máximo do governo é o presidente da República, eleito pelo povo para mandatos regulares. Ele acumula as funções de chefe de Estado e de Governo e nomeia e demite os ministros sem precisar consultar o Poder Legislativo para isso.

São características básicas do presidencialismo:

Dupla função: o presidente da República representa o Estado, ao mesmo tempo em que exerce a chefia do Poder Executivo. Além disso, a responsabilidade pela determinação das diretrizes do Executivo é de exclusividade do presidente da República;

Mandato eletivo: o presidente é escolhido pelo povo, não respondendo perante o Poder Legislativo;

Prazo do mandato determinado: no sistema presidencialista, o presidente é eleito por um prazo fixo determinado, ao fim do qual o povo é novamente chamado a escolher um novo governante;

Poder de veto: o presidencialismo possui como característica a separação dos Poderes. Porém, para que não haja uma “ditadura” do Poder Legislativo, reduzindo o chefe do Executivo à condição de mero executor automático das leis, lhe é concedida a possibilidade de interferir no processo legislativo por meio do veto. Assim, os projetos aprovados pelo Congresso devem ser remetidos ao presidente da República para receber sua sanção, ou seja, uma manifestação de sua concordância. Se o presidente vetar o projeto, o Congresso precisa apreciar o veto mediante uma votação especial;

Indissolubilidade do Congresso/Parlamento: no presidencialismo, em virtude da separação dos Poderes, o Congresso – Poder Legislativo – não pode ser dissolvido pelo Poder Executivo por convocação de eleições gerais, como no parlamentarismo.

 

                LEIA ATENTAMENTE AS QUESTÕES E RESPONDA CORRETAMENTE:

1) Em que país o Parlamentarismo se originou?

2) Qual é o nome dado ao Chefe de Governo no Parlamentarismo?

3) Cite três países parlamentaristas.

4) O sistema de governo presidencialista é próprio das?

5) Aponte o nome das cinco características básicas do Presidencialismo.

 

 

ATIVIDADES PARA A SEMANA DE 21/09 ATÉ 25/09



OBSERVAÇÕES:

1-Leia atentamente o texto e depois procure responder corretamente as questões pedidas.

2-A aula trata da República Democrática enquanto forma de governo e que estão presentes na vida política moderna contemporânea.

3-Procure pelas palavras-chaves: democracia; república democrática; monarquia; Estado; Estado Moderno; tipos de república; república aristocrática; república democrática; plebiscito; referendo; projeto de iniciativa popular; eleição; democracia grega; democracia americana; Estados Unidos da América.

4-Assistir as aulas de Sociologia no Centro de Mídias semanalmente às 5.ªs feiras às 19:15hs.

5-Responder as questões preferencialmente no formulário do Google. Caso não seja possível, enviar as respostas das atividades realizadas e identificadas para o email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

6-Estarei atendendo os alunos em eventuais dúvidas nos dias e horários:

Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7-Eventuais dúvidas também podem ser enviadas para o email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br e no whats 14 98174-8501 e no chat do Classroom.

8-Boa semana de estudos para todos.

Links do Google Formulários para preenchimento:

3.º A: https://forms.gle/2gSD5M9utc2TiRFc9

3.º B: https://forms.gle/mYn5sxeSodzdoaLB8

3.º C: https://forms.gle/E3wg18xsqSz9apjp9

3.º D: https://forms.gle/JJC6qpqhN9payqtZ8

3.º E: https://forms.gle/L2nWZrU2sC3iMMJp7

 

 

3.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

FORMAS DE GOVERNO: A REPÚBLICA DEMOCRÁTICA

A República é a forma de governo que se opõe à monarquia, pois permite a possibilidade de participação do povo no governo. A palavra “república” origina-se do latim res publica, que significa “coisa pública”, ou tudo aquilo que se refere à comunidade dos cidadãos, no caso, os romanos. Nesse sentido, referia-se ao próprio Estado Romano. Hoje, entretanto, o termo é utilizado para fazer referência ao Estado Moderno. Fundamentada no ideal de democracia, a concepção moderna de república remonta ao século XVIII, quando teóricos iluministas, pensadores e lideranças políticas disseminaram as primeiras idéias contra a monarquia absolutista. Vamos ler o texto entre “aspas” a seguir:

“Ao mesmo tempo em que se apontavam os males da monarquia, aumentava a exigência de participação do povo no governo, surgindo a república, mais do que como forma de governo, como o símbolo de todas as reivindicações populares. A república era expressão democrática de governo, era a limitação do poder dos governantes e era a atribuição de responsabilidade política, podendo, assim, assegurar a liberdade individual”.

DALLARI, Dalmo de AbreuElementos de Teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 229.

Como foi mencionado, a concepção moderna de República encontra-se fundamentada em um ideal de democracia. Mas o que significa democracia? Hoje, muito se fala em democracia, porém o real sentido da palavra nem sempre é claro. A origem da palavra é grega, e significa “governo” ou “poder do povo”. Vê-se claramente que a democracia opõe-se à monarquia, seja porque ela é o governo do povo, enquanto a monarquia é o governo de rei, seja porque ela pretende ser o governo de todos, enquanto a monarquia é o governo de um só.

É importante deixar claro que a democracia grega inspirou a democracia moderna, pois se tratava de uma forma de governo que abrangia o conjunto dos cidadãos, de modo que o poder não se concentrava apenas nas mãos de um único governante. Ao incluir uma parcela muito mais ampla dos habitantes do Estado, mesmo com restrições, a democracia tornou-se um referencial nas lutas contra o absolutismo. O ideal de Estado democrático, fruto do pensamento e das ideias predominantes na Europa do século XVIII, que levaram à formação dos Estados Unidos da América, fundamenta-se em três princípios:

* a supremacia da vontade popular sobre a do monarca, que tornou a necessidade de participação do povo no governo um imperativo – daí a importância dada à democracia como forma ideal de governo;

* a preservação da liberdade sem qualquer interferência do Estado, entendida como o poder de fazer tudo o que não violasse a liberdade do próximo e, principalmente, o direito de dispor da própria pessoa e de seus bens, limitando o poder absoluto do Estado sobre a vida e a propriedade;

* a igualdade de direitos, princípio que buscava pôr fim aos privilégios baseados em critérios econômicos e de nascimento, que levavam à discriminação entre classes e estamentos sociais, conferindo direitos de cidadania a todos igualmente.

As características fundamentais de uma república democrática são, portanto:

temporariedade: o mandato do chefe de Governo tem um tempo de duração, por exemplo, quatro anos com direito a uma reeleição, como no caso brasileiro;

eletividade: o chefe de Governo é eleito pelo povo, ou seja, seu mandato não é hereditário;

responsabilidade: por ter sido eleito por voto popular, o chefe de Governo é politicamente

responsável, devendo prestar contas e justificar suas orientações e ações políticas.

Tal como as monarquias, há mais de um tipo de república. A diferença está na origem do poder, ou seja, se ele emana de todo o povo ou apenas de parte dele, e qual o grau de participação do poder nas decisões do governo. Quando apenas uma parte da sociedade, ou uma elite, governa, trata-se de uma aristocracia ou uma república aristocrática. Quando todo o poder emana do povo, trata-se de uma democracia ou república democrática. Vamos ver agora entre os tipos de república, utilizando o quadro a seguir.

TIPOS DE REPÚBLICA

ARISTOCRÁTICA:

Significa literalmente governo dos melhores, ou de uma classe privilegiada da sociedade (aqueles que detinham conhecimento, a elite econômica ou política) (Atenas nos séculos V e IV a.C., Veneza na Idade Média até o século XVIII).

DEMOCRÁTICA:

“DIRETA”

A totalidade dos cidadãos governa por meio de assembleias populares (Estado ateniense);

“INDIRETA OU REPRESENTATIVA”

O povo elege seus representantes para o exercício das funções legislativas, executivas e, em alguns países, judiciárias;

“SEMIDIRETA OU MISTA”

Sistema em que os problemas considerados de suma importância nacional são decididos pelo próprio povo por processos típicos de democracia direta, enquanto os assuntos legislativos cabem aos representantes eleitos.

Porém, é importante esclarecer que a Constituição brasileira prevê alguns mecanismos típicos de democracia direta, como:

* plebiscito: trata-se de uma consulta prévia feita ao povo a respeito de uma decisão do governo que influencia amplamente a vida dos cidadãos. O exemplo mais recente de um plebiscito foi a escolha da forma de governo, em 1993, quando a população optou pela continuidade do presidencialismo;

* referendo: consiste em uma consulta realizada após a efetivação de uma medida do governo, em que o povo se manifesta favoravelmente ou não sobre um determinado assunto. O exemplo mais recente foi o referendo sobre a comercialização de armas de fogo e munições, realizado em 2005;

* iniciativa popular: é o direito de apresentar à Câmara dos Deputados um projeto de lei por iniciativa dos próprios cidadãos, desde que seja subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído em pelo menos cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. Foi por iniciativa popular que a Lei de Crimes Hediondos foi criada.

 



OBSERVAÇÕES:
1-Nessa aula estudaremos a Monarquia como forma de governo e as suas características.
2-Leia atentamente a atividade e responda o questionário corretamente.
3-Palavras-chave: Monarquia; Chefe de Governo; Chefe de Estado; Monarquia Parlamentarista; Monarquia Absolutista; Monarquia Constitucional; Limitada; Monarca; Rei; Primeiro-Ministro; Plebiscito brasileiro de 1993.
4 – Procure responder, se puder, no formulário do Google com a atividade.
5 – Estarei atendendo aos alunos no email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br e no whatsapp 14 981748501.
6 – Dias e horários: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05); e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).
7 – Sábado e domingo (repouso semanal do professor).
8 – Qualquer dúvida entre em contato que procurarei responder o mais rápido possível. Grato.

3.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
FORMAS DE GOVERNO: A MONARQUIA
A ideia de classificar as formas de governo é muito antiga. Já na Antiguidade, o filósofo grego Aristóteles (384 a 322 a.C.) foi um dos primeiros a analisar os tipos de governo existentes na época e procurar uma forma de classificá-los. Na etapa de sensibilização, os alunos puderam perceber que até mesmo o Brasil, já na sua fase independente, passou por governos diferentes.
Os alunos já conhecem algumas delas: sabem que o Brasil foi uma monarquia e depois se tornou uma república. Essas são as formas mais comuns que o Estado Moderno adotou.
Existem monarquias cujo sistema de governo é parlamentarista, ou seja, o chefe de Estado
é o monarca, mas o chefe de Governo é o primeiro-ministro.
A monarquia é uma das formas mais antigas de governo e já foi adotada por quase todos os Estados do mundo. Com o passar do tempo, o fortalecimento das instituições democráticas e o aumento da participação da população nas decisões sobre os destinos da nação acabaram enfraquecendo a monarquia, que foi abandonada pela maior parte dos países. As características fundamentais dessa forma de governo são:
* vitaliciedade: o monarca governa enquanto viver ou enquanto tiver condições para continuar governando, ou seja, seu mandato é vitalício e não temporário;
hereditariedade: quando o monarca morre ou deixa o governo por qualquer motivo, é imediatamente substituído pelo herdeiro da coroa, seguindo a linha de sucessão da realeza. O cargo, portanto, é hereditário;
irresponsabilidade: o monarca não precisa dar explicações ao povo ou a qualquer órgão sobre os motivos pelos quais adotou certa orientação política, pois ele detém o poder soberano.
As monarquias não são todas iguais. Elas variam conforme a extensão do poder do monarca, seja ele o rei, a rainha, um príncipe, um sultão, seja o imperador. No passado, os monarcas detiveram mais poder do que nos dias de hoje, em que atuam muito mais como chefes de Estado do que de Governo, isto é, líderes executivos.
TIPOS DE MONARQUIA
ABSOLUTISTA: O monarca exerce o poder de forma absoluta, sem quaisquer limitações constitucionais ou divisões de poder (Arábia Saudita, Bahrein, Brunei, Catar).
LIMITADA: O poder central é repartido entre outros órgãos autônomos ou é submetido à soberania nacional. Há três tipos de monarquia limitada:
*DE ESTAMENTOS: o rei descentraliza certas funções, que são delegadas a membros da nobreza, reunidos em cortes, ou a outros órgãos que funcionam como desdobramentos do poder real (Reinos feudais);
* CONSTITUCIONAL: o rei exerce o poder executivo, nos termos de uma Constituição, ao lado dos Poderes Legislativo e Judiciário (Aruba, Bélgica, Camboja, Dinamarca, Holanda, Japão, Jordânia, Luxemburgo, Marrocos, Mônaco, entre outros);
*PARLAMENTAR: o rei não exerce sua função de governo, mas sim de chefe de Estado, segundo o que a Constituição determinar. O poder executivo é exercido por um Conselho de Ministros, responsável perante o Parlamento (Austrália, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Granada, Lesoto, Reino Unido, Suécia, Tailândia, entre outros).
A monarquia já foi uma forma de governo amplamente adotada no mundo. Hoje, menos de 40 Estados a adotam. Alguns países, entretanto, optaram pela monarquia constitucional ou parlamentar, especialmente, em que o rei exerce principalmente a função de chefe de Estado. Em 1993, no Brasil, houve um plebiscito para saber se os cidadãos brasileiros queriam mudar ou não a forma de governo. A monarquia era uma das opções consideradas.
LEIA ATENTAMENTE A ATIVIDADE E RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:

1) Qual foi o importante filósofo que na Antiguidade que foi um dos primeiros a analisar as formas de governo existentes?
2) Nas monarquias parlamentaristas, quem exerce a chefia de Estado e a chefia de governo?
3) Quais são as 3 características fundamentais de governo da Monarquia?
4) Qual é a característica da Monarquia Absolutista?
5) Entre os tipos de Monarquias, quais são os tipos de Monarquias Limitadas?


APÓS A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE, FAVOR ENVIAR PARA O EMAIL ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ou responder no formulário do Google.



ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 08/09  ATÉ  11/09



OBSERVAÇÕES
1-O texto trata da visão do sociólogo Émile Durkheim sobre a Divisão Social do Trabalho e a coesão social.
2-Leia o texto com atenção e responda ao questionário corretamente.
3-Preste atenção nas palavras-chaves: Estado; Nacionalidade; Soberania; Finalidade; Características do Estado.
4-Entreguem a atividade prioritariamente pelo Google Formulários. Quem não puder, envie pelo email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.
5-Estarei atendendo na plataforma, no chat e no whatsapp nos dias e horários: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Terça (ATPC); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05); Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).
6-Podem entrar em contato comigo através do email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br


3.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
CARACTERÍSTICAS DE UM ESTADO (PARTE 2)
Elementos que caracterizam o Estado e sem o qual ele não pode existir.
Nacionalidade: está baseada na ideia de Nação, que “está intimamente ligada também à cultura de um povo, cultura esta que se constrói através do tempo e se delineia em grande parte em função dos acontecimentos históricos que marcaram a caminhada daquele povo”. É importante lembrar que o povo judeu, embora estivesse espalhado em diversos países, manteve laços de reconhecimento e união por meio de sua cultura, sua língua, suas tradições e sua religião, e foi com base nessa identidade que puderam construir uma ideia de nação;
Soberania: deve ser entendida de duas formas: a) como sinônimo de independência, ou seja, quando um Estado, especialmente seu próprio povo, afirma-se como soberano, isto é, não mais submisso a qualquer potência estrangeira; b) como expressão de poder jurídico mais alto, ou seja, dentro dos limites jurídicos e territoriais do Estado, este é quem tem o poder de decisão em última instância, isto é, exerce o poder soberano ou o poder máximo.
O Estado de Israel, além de independente, detém a soberania política e jurídica sobre os territórios proclamados sob sua jurisdição e domínio militar.
Aqui é preciso chamar a atenção para as particularidades do conceito de soberania. Um Estado, para ser verdadeiramente soberano,  reconhece um tipo de soberania: a) una, b) indivisível, c) inalienável e d) imprescritível. O que isto significa?
a) Significa que a soberania deve ser una, porque, em um mesmo Estado, não se admite a convivência de duas soberanias (mais de um poder superior) no mesmo âmbito.
b) A soberania do Estado deve prevalecer sobre todo e qualquer assunto. Por essa razão é considerada indivisível, não sendo admissível a existência de várias partes separadas da mesma soberania.
c) Ela é inalienável, ou seja, não pode ser retirada; do contrário, quem quer que a detenha (seja o povo, a nação ou o Estado) desaparece quando ficar sem ela.
d) Finalmente, é imprescritível, isto é, não tem prazo para terminar; pelo mesmo motivo, quem quer que a detenha (seja o povo, a nação ou o Estado) desaparece quando ela termina.
Finalidade: o fim ou o propósito do Estado é o bem comum, entendido como o conjunto de todas as condições de vida social que permitam e favoreçam o desenvolvimento das pessoas que vivem naquele território, sob aquele governo em particular. O objetivo do Estado de Israel é defender o direito do povo judeu de reconstruir a região que consideram sua terra natal, abrindo-o à imigração de judeus e garantindo o desenvolvimento de todos os seus habitantes, independentemente de religião, raça ou gênero.
DE CICCO, C. e GONZAGA, A. de A. Teoria Geral do Estado e Ciência Política. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008. p. 53-54.
LEIA ATENTAMENTE AO TEXTO E RESPONDA CORRETAMENTE
1) O que se entende por nacionalidade?
2) O que é a soberania?
3) O que significa dizer que a soberania é uma?
4) Por que a soberania do Estado é indivisível?
5) O que é a finalidade?

APÓS A LEITURA DA ATIVIDADE, RESPONDER AO QUESTIONÁRIO NO GOOGLE CLASSROOM OU NO GOOGLE FORMULÁRIOS. Ou enviar a atividade com a resolução pelo email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 30/08 ATÉ  04/09

OBSERVAÇÕES:
1 – O texto trata das características de um Estado, demonstrando com o exemplo da situação no território da Palestina.
2 – Leia o texto com atenção e realize a atividade corretamente e com calma.
3 – Palavras-chave: Estado; Território; Guerras Árabe-israelenses; Acordo de Paz; Acordo de Oslo; Palestina; Israel; Hebreus; Refugiados; População.
4 – Após a leitura do texto, responda as perguntas no Google Formulários presentes no Class Room. Agradeço a todos os alunos que se dispuserem a respondê-lo.
5 – Identifique com nome e série para o professor poder fazer a correção corretamente.
6 – Estarei de plantão no whatsapp, plataforma do Class Room e no email pedagógico. Número de Whatsapp: 14 98174-8501. Email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.
7 – Horário de atendimento aos alunos: segunda (07:00 às 11: 05 e 19:00 às 23:00hs); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00hs); Quinta (07:00 às 11:05 hs); e Sexta (07:00 às 11:05  e 19:00 às 23 horas). Sábado e domingo (repouso semanal do professor).
8 – Atividades realizadas diretamente pelo blog podem ser enviadas para o email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.
9 – Uma boa semana de estudos para todos os alunos e equipe escolar.

3.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
CARACTERÍSTICAS DO ESTADO
Tendo examinado os elementos constitutivos do Estado, ou seja, os elementos que formam um Estado, é preciso entender o que o caracteriza como entidade ou organização política: a nacionalidade, a soberania e a finalidade. Sem essas características, não existe Estado.
A região da Palestina, situada no Oriente Médio, no lado leste do Mar Mediterrâneo, fazendo divisa com o Líbano, ao norte, a Síria, a nordeste, a Jordânia, a leste, e o Egito, ao sul, é uma estreita faixa de terra, desértica, sem petróleo e sem recursos minerais estratégicos. Habitada primeiramente pelos hebreus, povo do qual descendem os judeus, em 2000 a.C., a Palestina esteve sob o domínio dos mais diversos povos, entre romanos, árabes e, mais recentemente, ingleses.
Os judeus foram expulsos da região durante o Império Romano e então passaram a viver espalhados por vários lugares do mundo. Embora dispersos, os judeus preservaram uma profunda consciência nacional e conservaram suas tradições religiosas e seus costumes. Com o fim do Império Romano e o surgimento do Islamismo, no século VII, a Palestina passou a ser dominada pelos árabes. Entre 1517 e 1917, tornou-se parte do Império Otomano1 e, durante a Primeira Guerra Mundial, passou a ser controlada pelos ingleses. A disputa pelo território palestino remonta ao século XIX, com a emergência de movimentos nacionalistas, entre os quais o movimento sionista em 1897, que propunha o retorno dos judeus à Palestina e a formação de um Estado judaico. A partir dessa época, milhares de judeus passaram a emigrar e a se instalar na região. Com o fim da Primeira Guerra Mundial e o desmembramento do Império Turco-Otomano, a Palestina passou para o controle do Reino Unido e permaneceu sob o domínio inglês até o final da Segunda Guerra.
Em 1947, uma resolução das Nações Unidas propôs a divisão da Palestina em dois Estados: um judeu (Israel) e outro árabe palestino. Lideranças judaicas apoiaram o plano, mas os árabes palestinos não aceitaram a partilha e, apoiados pela Liga Árabe 2, iniciaram uma guerra civil . Em 14 de maio de 1948, foi proclamada a criação do Estado de Israel. Cinco países da Liga invadiram a Palestina, levando à primeira guerra entre árabes e israelenses. Milhares de palestinos foram obrigados a se refugiar nos países vizinhos. Os israelenses venceram a guerra e anexaram territórios palestinos previstos pela Organização das Nações Unida s (ONU). A partir daí, o conflito entre Israel e árabes, especialmente os palestinos, tornou- se constante.  
Em 1964, foi fundada a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), liderada por Yasser Arafat, voltada para a luta pela criação de um Estado palestino livre. Desde então, ambos os povos têm se enfrentado em guerras, confrontos armados, revoltas populares (Intifadas) e atos terroristas perpetrados por grupos radicais que não reconhecem a existência do Estado de Israel.
No dia 15 de novembro de 1988, o Conselho Nacional Palestino, o corpo legislativo da OLP, estabeleceu a declaração do Estado da Palestina, embora ele não seja um Estado independente, tampouco detenha soberania sobre quaisquer territórios. O Estado foi reconhecido imediatamente pela Liga Árabe, mas não pelas Nações Unidas.
Em 1993, teve início o Processo de Paz de Oslo3, quando a OLP pôde estabelecer a Autoridade Nacional Palestina, ou seja, uma espécie de governo representando os interesses dos palestinos. O acordo previa que Israel cederia gradualmente o controle dos territórios onde vive a maior parte dos palestinos (a Cisjordânia e a Faixa de Gaza) em troca da paz. Isso implicava o reconhecimento mútuo e a coexistência com o Estado de Israel.
Desde 2003, entretanto, os palestinos encontram-se divididos pelo conflito entre duas facções: o Fatah, o partido majoritário, e o Hamas, grupo político radical. Como resultado, o território controlado pela Autoridade Nacional Palestina (ANP) está secciona do entre a Cisjordânia, controla da pelo Fatah, e a Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, que, apesar de ter vencido as eleições em 2006, não tem sido autorizado a participar das negociações oficiais de paz, por ser considerado uma organização terrorista por Israel e diversos outros países.
Os maiores obstáculos para a constituição efetiva do Estado palestino estão nas violentas disputas entre facções palestinas desde a eleição do grupo Hamas, em 2006 (não reconhecido internacionalmente) e nos constantes ataques de ambos os lados às populações civis em cidades israelenses e da Faixa de Gaza, que impedem as iniciativas em busca de negociações por acordos de paz e a retirada dos assentamentos judeus na Cisjordânia, reivindicada s pelos palestinos.
Atualmente, os destinos da região continuam incertos. Se os palestinos já conquistaram a autonomia em algumas cidades da Cisjordânia e em Gaza, ainda não possuem um Estado independente e soberano. Alguns pequenos passos, entretanto, têm sido dados nessa direção. Hoje, 96 países reconhecem a Palestina como um Estado separado de Israel, incluindo a Rússia, a Índia, a China, a maior parte dos países africanos, vários países asiáticos e alguns países do Leste Europeu. Desde 1996, a Palestina possui um comitê olímpico e, em 1998, a FIFA reconheceu a seleção palestina como uma entidade independente.
Elabora do especialmente para o São Paulo faz escola.
1- Império que existiu entre 1299 e 1922 e em seu apogeu se estendeu pela Anatólia – região que hoje corres ponde à Turquia –, o Oriente Médio, parte do Sudeste europeu e Norte da África. Foi estabelecido por uma tribo de turcos oguzes no oeste da Anatólia e era governado pela dinastia Osmanli , de onde deriva o nome “otomano ”.
2 - Egito, Iraque, Jordânia, Líbano, Arábia Saudita e Síria.
3 - Possui esse nome, pois foi realizado na capital da Noruega.

Entre os principais fatores que levou a proclamação do Estado de Israel, em 1948, a ser apontados estão:
1) o movimento sionista, iniciado em 1897, que propunha a volta dos judeus à “Terra Prometida”, ou seja, à região onde se situava o antigo reino de Judá, em 1200 a.C.;
2) o acirramento dos movimentos políticos nacionalistas judaicos após o Holocausto, decorrentes dos desdobramentos da Segunda Guerra Mundial;
3) o fracasso do plano das Nações Unidas em criar dois Estados, em 1947, que levou Israel a proclamar sua própria independência e delimitar suas fronteiras de acordo com seus próprios interesses, entre os quais a firme resolução de garantir um território seguro para o estabelecimento de uma nação judaica.
4) segundo a ONU, cerca de 700 mil palestinos deixaram suas aldeias, vilas e cidades de origem durante a guerra árabe-israelense de 1948. Hoje, esses refugiados e seus descendentes chegam a 4,25 milhões de pessoas;
5) os países onde vivem essas pessoas não reconhecem os refugiados como cidadãos. Atualmente, eles podem ser considerados “apátridas”, uma vez que não são cidadãos israelenses, tampouco jordanianos, sírios, egípcios, libaneses ou sauditas;
6) um dos grandes pontos de disputa entre israelenses e palestinos desenvolve-se em torno do direito de retorno dos refugiados que deixaram suas casas em 1948 e em 1967 (quando um segundo conflito levou a um novo movimento emigratório) aos seus locais de origem, inclusive de seus familiares e descendentes. A questão é se os palestinos devem ter o direito às suas propriedades originais ou se estabelecer somente na Cisjordânia ou na Faixa de Gaza.
LEIA ATENTAMENTE A ATIVIDADE E RESPONDA CORRETAMENTE:
1) Quais são os 3 elementos que caracterizam o Estado como entidade ou organização política?
2) Qual foi primeiro povo que habitou o território conhecido como Palestina?
3) Quando foi fundada a OLP (Organização para Libertação da Palestina)?
4) Desde 2003 os Palestinos são divididos em duas facções em conflito? Quais são elas?
5) Quantos países reconheciam a Palestina como um Estado separado de Israel?


APÓS A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE, RESPONDA AO QUESTIONÁRIO NO GOOGLE FORMULÁRIOS QUE ESTÁ NO GOOGLE CLASSROOM OU ENVIE IMAGEM OU TEXTO LEGÍVEL PARA O EMAIL ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br


ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 17/08 ATÉ  21/08


OBSERVAÇÕES:
1 – Leia atentamente ao texto.
2 - Procure pelas palavras-chave: Estado, Governo, População, Território, Povo, Poder, Legislativo, Judiciário e Executivo.
3 - Após a leitura, análise, reflexão, compreensão e investigação responda ao formulário do Google Formulários no Classroom. Cada questão valendo 2 pontos.
6 – Identifique-se e coloque o número e a turma que pertence.
7 – Caso opte por enviar imagens, faça-as corretamente e que seja possível o professor fazer a leitura.
8 – Tenho preferência em receber as atividades pelo Google formulários. Quem n ao puder, envie o arquivo para o email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.
9 – Estarei de plantão no whatsapp 14 981748501, no Chat do Classroom no horário das 7:00 às 11:05 (2.º, 4.ª, 5.ª e 6.ª feira) e das 19:00 às 23 horas (2.ª, 4.ª e 6.ª feira). Estarei respondendo a dúvidas também no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

3.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DE UM PAÍS
Hoje abordaremos a organização política de um país, focando na questão dos elementos constitutivos de um Estado. O Brasil é uma República Federativa. O que isso significa? Que o Brasil é uma federação de Estados que incluem São Paulo, e que possuem relativamente uma autonomia. O governo central é conhecido como União. Desta forma, o Brasil é formado pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal.
Leia o trecho, a seguir:
“Uma definição abrangente de Estado seria ‘uma instituição organizada política, social e juridicamente, ocupa um território definido e, na maioria das vezes, sua lei maior é uma Constituição escrita. É dirigido por um governo soberano reconhecido interna e externamente, sendo responsável pela organização e pelo controle social, pois detém o monopólio legítimo do uso da força e da coerção”.
DE CICCO, C. e GONZAGA, A. de A. Teoria Geral do Estado e Ciência Política.
São Paulo: Editor a Revista dos Tribunais, 2008. p. 43.
O que vocês entenderam do texto? Vamos destacar alguns aspectos:
* em prime iro lugar, o Estado é uma instituição que possui uma organização interna;
* para existir, depende de um território, ou seja, de um espaço geográfico definido;
* um Estado geralmente é organizado segundo leis escritas, como por exemplo, uma Constituição;
* além disso, é dirigido por um governo reconhecido internamente por sua população e externamente por outros Estados (ou países);
* finalmente, o Estado é o responsável pela organização e pelo controle da sociedade, pois é o único que pode manter forças armadas (Exército e força policial) e tem legitimidade ou autoridade para impor a ordem pela força (monopólio legítimo do uso da força e da coerção).
Leia o seguinte trecho, em que estão explicitados, de forma sucinta, os elementos constitutivos do Estado:
“O Estado é uma sociedade de pessoas chamada população, em determina do território, sob a autoridade de determinado governo, a fim de alcançar determina do objetivo, o bem comum ”.
DE CICCO, C. e GONZAGA, A. de A. Teoria Geral do Estado e Ciência Política.
São Paulo: Editor a Revista dos Tribunais, 2008. p. 43.
“Integram a população todas as pessoas residentes dentro do território estatal ou todas as pessoas presentes no território do Estado, num determinado momento, inclusive estrangeiros e apátridas”. Em outras palavras, a população abrange o conjunto de pessoas que vivem no território estatal ou mesmo que permaneçam nele temporariamente. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira é aproximadamente de 210 milhões de habitantes.
Nas democracias atuais, o povo adquire um sentido político, uma vez que está ligado à noção de cidadania e, para isso, depende de estar ligado ao Estado por meio do status da nacionalidade. “Povo, em sentido democrático, pressupõe a totalidade dos que possuem o status da nacionalidade, os quais devem agir, conscientes de sua cidadania ativa, segundo ideias, interesses e representações de natureza política”.
Também é interessante destacar que o território de um Estado não consiste apenas nas fronteiras nacionais, mas em um conjunto de partes que vão além da superfície terrestre, como, por exemplo:
solo: porção de terras delimitadas pelas fronteiras internacionais e pelo mar.
subsolo: porção de terras sob o solo, com a mesma delimitação deste;
espaço aéreo: coluna imaginária de ar que acompanha o contorno do território terrestre, somado ao mar territorial;
embaixadas: sedes de representação diplomática dos diversos Estados, que são consideradas parcelas do território nacional nos países estrangeiros;
navios e aviões militares: são considerados como parte do Estado referente ao país a que pertencem, em qualquer lugar que estejam;
navios e aviões de uso comercial ou civil: que estejam sobrevoando ou navegando em território não pertencente a outros Estados;
mar territorial: estende-se por 12 milhas marítima s (22,2 km) para defesa militar e 200 milhas marítimas (370 km) para exploração econômica.
Segundo o IBGE, a área territorial oficial do Brasil é de 8.514.876,599 km2.
Finalmente, é preciso compreender em que consiste o governo. Governo não é o mesmo que Estado, mas sim o poder do Estado, dividido em funções, geralmente representadas pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
“Os vereadores municipais, deputados estaduais, deputados federais e senadores exercitam a função legislativa, investidos em seus mandatos. Prefeitos, governadores e presidente da República, a exemplo de outros, exercem o poder de administrar, garantir a segurança do território, lançar impostos sobre a população, realizar obras que beneficiem tal população em matéria viária, educacional, sanitária ou cultural, ou ainda executam atividades de fiscalização e controle (o chama do poder de polícia) exercitam o poder (e a função) executivo. Por fim, juízes, desembargadores e árbitros, entre outros, com o poder de julgar, de acordo com as leis vigentes, os conflitos na esfera pública ou privada, exercem o poder judiciário”.
DE CICCO, C. e GONZAGA, A. de A. Teoria Geral do Estado e Ciência Política.
São Paulo: Editor a Revista dos Tribunais, 2008. p. 45.

LEIA ATENTAMENTE AO TEXTO E RESPONDA AO QUESTIONÁRIO:
1) O que seria uma definição abrangente de Estado?
2) Segundo a citação de De Cicco e Gonzaga, o Estado é o quê?
3)  A população abrange o quê? Aponte.
4) O que são as embaixadas?
5) O que é o Governo?

APÓS A LEITURA, ANÁLISE, COMPREENSÃO, REFLEXÃO, INVESTIGAÇÃO, FAVOR RESPONDER AO QUESTIONÁRIO DO GOOGLE FORMULÁRIOS NO CLASSROOM.
QUEM TIVER DIFICULDADE, ME PROCURE NO WHATSAPP.

 ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 10/08 ATÉ  17/08
OBSERVAÇÕES:
1 – A aula trata dos movimentos ambientalistas.
2 – Leia o texto com atenção.
3 – Ao final da leitura, análise e compreensão, responda ao questionário no Google Formulários que estará dentro do Classroom.
4 – Preencha o formulário corretamente e sem pressa.
5 – Vou considerar respostas com base na leitura do texto. Não copiem e colem dos sítios da internet, pois não refletem o trabalho do aluno em realizar a leitura.
6 – PALAVRAS-CHAVE: movimento ambiental; Chico Mendes; Destruição do Meio Ambiente; Amazônia; Poluição; Cidadania; Democracia participativa; Protocolo de Kyoto.
7 – Estarei em atendimento no whatsapp, email, plataforma do classroom aos alunos nos horários das 07:00 às 11:05 hs. no período da manhã; 19:00 às 23:00 hs. A exceção é terça-feira que estou em ATPC e quinta-feira em que não tenho aulas no noturno. Mas flexibilizo em urgências.
8 – Email para contato: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
9 – Whatsapp: 14 98174-8501.

3.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
O MOVIMENTO AMBIENTALISTA
Nesta aula começaremos a discutir os movimentos ambienta listas. Não vamos mais tratar do problema de grupos sociais específicos tentando obter o reconhecimento de seus direitos e da legitimidade de sua diferença. O problema que preocupa os movimentos ambienta listas diz respeito a todos os grupos e todas as camadas sociais. A consciência da existência de problemas ambientais se desenvolve cada vez mais, dia a dia.
LEIA O SEGUINTE TRECHO:
O desenvolvimento industrial, técnico e científico conseguiu nas nações mais desenvolvidas um grau de produção de riqueza muito eficiente que mudou o modo de vida cotidiano das pessoas, gerando maior conforto e mai s acesso ao consumo. Contudo, o avanço das novas tecnologias de produção aplicado à indústria e à agricultura gera problemas sérios na relação do homem com a natureza e com o meio ambiente. Os efeitos da atividade humana na natureza são muitas vezes imprevisíveis e podem trazer sérias conseqüências para a vida no planeta tal qual a conhecemos. Por isso, podemos dizer que a atividade humana que possibilita o bem-estar também cria o risco.
Os movimentos ambientalistas surgem justamente nesse momento em que o risco se torna um problema de gerenciamento econômico e político. Isto é, trata-se de lidar política e economicamente com os custos do risco, o que sempre trará problema s com relação às medidas a serem adotadas para reduzir o nível de agressão à natureza.
O que vocês acham que está em jogo na discussão sobre a redução dos níveis de agressão à natureza? Para responder a essa questão, peço que leiam o texto a seguir:
Quando os Estados Unidos se recusaram a assinar o Protocolo de Kyoto para a redução da emissão de gases poluentes, o governo do Georg e W. Bush argumentou que tais medidas trariam altos custos econômicos para a economia norte- americana. Por isso, a atuação dos movimentos ambientalistas tem sido a de pressionar os governos e as autoridades na adoção de medidas de contenção de poluição e de políticas ambientais de preservação. Os protestos ambientalistas muitas vezes tomam feições apaixonadas, como nas ações ousadas do Greenpeace. No entanto, além dessa feição mais ousada, o movimento ambientalista já constituiu uma tradição política. Os partidos verdes vêm atuando, há muito tempo, em várias frentes de luta e possuem importante representação parlamentar em muitos países.
O Protocolo de Kyoto é o resultado de uma série de eventos internacionais realizados desde a Conferência sobre Mudanças Atmosféricas, ocorrida em 1988 no Canadá, passando pela Eco-92, realizada no Brasil. Ele se constitui em um tratado internacional regido por rigorosos compromissos para a redução dos gases causadores do efeito estufa. Foi discutido e negociado em Kyoto, no Japão, em 1997, e em dezembro daquele ano foi aberto para receber assinaturas. Esse tratado, contudo, só entraria em vigor quando 55% das nações que, juntas, fossem responsáveis por 55% das emissões de gases causadores do aquecimento global o ratificassem. A recusa do governo norte-americano em ratificar o Protocolo de Kyoto atrasou muito a sua entrada em vigência, que só começou em 2005, quando a Rússia o assinou.
Texto elabora do especialmente para este Caderno.
A situação do Brasil contemporâneo, na questão ambiental, é muito diversificada e bem diferente da situação norte-americana. Não somos os maiores emissores de gás carbônico do planeta, mas temos sido responsáveis pela queima e devastação na Amazônia e pelos graves desmatamentos que lá ocorreram durante os anos 1970. Contudo, nos anos 1990, no contexto da polêmica da internacionalização da Amazônia, o governo brasileiro tomou sérias medidas para implementar um sistema de vigilância naquela região e para o combate aos desmatamentos e às queimadas ilegais. Porém, as desigualdades sociais e a pobreza de muitas populações que ali vivem gestaram nos conflitos de terra outra ordem de movimentos ambientais, como o dos seringueiros que tiram da floresta o seu sustento e dela necessitam para viver. Esse foi um dos grupos mais prejudicados por fazendeiros e donos de madeireiras que exploram a região amazônica. A figura de Chico Mendes é representativa desse contexto, seringueiro e sindicalista, foi um importante ativista ambiental, lutando em defesa da preservação da Amazônia. Lutou pela reforma agrária, pelos interesses dos povos da floresta, indígenas, castanheiros, seringueiros e outros grupos que tiram seu sustento e seu modo de vida na sua relação com a mata amazônica. Por conta de sua atividade militante, foi assassinado por fazendeiros.
Outra questão com relação à Amazônia e sua importância para a questão ambiental é a riqueza de biodiversidade que aquela região guarda, ainda não totalmente explorada. Foi essa riqueza ainda desconhecida que despertou o interesse de grandes potências internacionais para aquela região, o que a torna também economicamente interessante.
Além da polêmica questão amazônica, o Brasil urbano também traz à baila as suas questões ambientais. Dentre vários problemas que preocupam as pessoas quando se trata da questão do meio ambiente e da cidade, estão a poluição do ar e do lixo. A poluição do ar tem sido para as grandes cidades brasileiras, em especial para a capital do nosso Estado, um dos problemas mais graves que há muito tem preocupado as autoridades. Isso porque a qualidade do ar que respiramos em nossa capital está cada vez mais comprometida pela emissão de gás carbônico. Tentativas têm sido feitas no sentido de tomar medidas que controlem ou diminuam a poluição, como o rodízio de carros implantado pela Prefeitura de São Paulo em 1997. O rodízio, que começou sazonal, acabou se tornando definitivo, mas, o problema da poluição não foi resolvido, pois, com o aumento anual da frota de carros paulistana, o ar não se despoluiu.
Outra questão ambiental importante nas grandes cidades brasileiras é o lixo, ou melhor, o que fazer com ele. Nossas metrópoles produzem quantidades imensas de lixo por dia e a alocação desses dejetos se torna um problema. Os lixões, grandes depósitos de lixo a céu aberto, tendem a se constituir em foco de doenças que ameaçam a saúde pública; de outro lado, os chamados aterros sanitários, se não forem bem vedados e feitos com muito cuidado, podem contamina r os lençóis freáticos, e assim se tornam foco de doenças pela água. O fato é que muitos dejetos, como o plástico, o vidro e os metais, são tipos de lixo que demoram milênios para se desfazer na natureza. Esses materiais, entretanto, são recicláveis; isto é, podem ser reaproveitados. A questão de reciclagem do lixo veio a ser uma importante medida ambiental para resolver esse problema nas grandes cidades.
Um aspecto importante dos movimentos ambientalistas: a noção de uma cidadania responsável, em que cada um deve participar da promoção do bem-estar coletivo. Por isso, os movimentos ambientalistas constituem um bom exemplo da chamada democracia participativa. Isto é, uma democracia em que a cidadania se efetiva pela responsabilidade de participação nas questões que dizem respeito à coletividade. Assim, pequenos gestos como fazer a coleta seletiva do lixo para a reciclagem, evitar jogar lixo em locais inapropriados, entre outros, são expressões de uma cidadania participativa.
ATIVIDADE
LEIA A ATIVIDADE COM ATENÇÃO E RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:
1) Os Estados Unidos se recusaram a assinar qual Protocolo?
2) Que medidas o governo brasileiro tomou a partir de 1990 em relação a Amazônia?
3) Quem foi Chico Mendes?
4) Dentre os vários problemas que preocupam as pessoas quando se trata da questão do meio ambiente e da cidade estão o quê?
5) Os movimentos ambientalistas constituem um bom exemplo de qual democracia?

APÓS A CONCLUSÃO DA LEITURA, FAVOR RESPONDER AO QUESTIONÁRIO NO GOOGLE FORMULÁRIOS DO GOOGLE CLASSROOM OU NO EMAIL ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br. (FOTO LEGÍVEL, COM NOME E SÉRIE DX ALUNX).



 ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 03/08 ATÉ  07/08
OBSERVAÇÕES:
1 – A atividade trata de um histórico dos movimentos negros brasileiros e de sua atuação política, social e cultural.
2 – Procure ler os trechos da aula com atenção.
3 – Preste atenção nas imagens das pessoas.
4 – Após a leitura, procure responder as questões da atividade.
5 – As atividades serão postadas no classroom e as questões poderão ser respondidas por lá no Google Forms.
6 – Estou de plantão para atendimento aos alunos das 7:00 às 11:05 no Whatsapp 98174-8501 e no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

3.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
OS MOVIMENTOS NEGROS
A primeira coisa a destacar com os alunos com relação à questão do movimento negro no Brasil é que ele não é único, tampouco seguiu uma trajetória histórica linear, contínua e ininterrupta. Desde antes da Abolição houve vários “movimentos negros”, que se orientaram por diferentes linhas de pensamento e tiveram objetivos diferentes, segundo a época e o contexto social e político em que emergiram. O que os aproxima entre si são duas questões fundamentais, que permeiam a história das lutas de seus militantes pelos direitos de cidadania da população negra no Brasil: a luta contra a discriminação com base na cor da pele e a reivindicação por maiores espaços de integração em todos os âmbitos da sociedade nos quais sua participação se deu em condições de desigualdade: mercado de trabalho, educação superior, meios de comunicação, cinema, televisão, propaganda etc.
O movimento negro pode ser classificado em três fases distintas:
* Movimentos abolicionistas e de libertação.
* Movimentos de integração na sociedade de classe.
* Movimentos de perspectiva socialista.
Os movimentos abolicionistas incluem um conjunto de movimentos que contribuíram por meio de suas ações para a abolição da escravatura. Muitos desses movimentos eram formados por ex-escravos libertos ou fugidos. Após a Guerra do Paraguai, quando todos os negros que lutaram no Exército foram alforriados, o número de libertos aumentou, intensificando a participação nessas organizações.
Leia as seguintes informações:


















José do Patrocínio
José do Patrocínio (1854 - 1905): filho de um padre com uma escrava, José do Patrocínio se tornou um dos principais líderes do movimento abolicionista. Foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira contra a Escravidão e participou da articulação da Confederação Abolicionista, que deveria congregar todos os clubes abolicionistas do país. Foi um jornalista combativo e polemista corajoso, que militou intensamente pela abolição da escravatura.















André Rebouças
André Rebouças (1838-18 98): seu pai era filho de uma escrava liberta com um alfaiate português. Sua mãe era filha de um comerciante branco. André Rebouças, engenheiro, também ajudou a criar a Sociedade Brasileira contra a Escravidão junto com Patrocínio, e assim como ele militou de forma intensa pelo fim da escravidão no Brasil.
Os movimentos de integração se dão em um esforço de tentativa de inclusão na sociedade de trabalho livre criada com o fim da escravidão negra.
“Esta inclusão representa um esforço da população negra de readaptação e sobretudo para não perder a condição de trabalhador para o amplo contingente de imigrantes que foi transferido para o país. São características desta fase os protestos contra as discriminações raciais, contra a falta de oportunidades e contra as restrições criadas ao desenvolvimento da população negra .”
CUNHA JR., Henrique. Textos para o movimento negro. São Paulo: Edicon, 1992. p. 72.

Logo após a Abolição da Escravidão, em 1888, tiveram início os chamados movimentos negros “pós-abolicionistas”, que se organizaram com a finalidade de lutar pela República, reunir a população negra e, em alguns casos, reivindicar o movimento abolicionista como uma conquista popular, recusando a importância da princesa Isabel na promulgação da Lei Áurea. Algumas dessas organizações, como a Irmandade do Rosário dos Homens Pretos, de São Paulo, datam de 1720.
“As raízes dos movimentos negros do pós-abolicionismo antecedem, portanto, a esta, sobre tudo se considerarmos um conjunto amplo de associações, irmandades religiosas, organizações de ajuda mútua, centros de candomblé e outras que foram fundadas antes da abolição e exerceram um papel importante e sistemático de aglutinação, reunião e organização de nossa gente. Este conjunto teve finalidades diversas, indo da ajuda mútua à educação, passando sempre pela questão da resistência e combate ao racismo, através de formas passivas ou violentas.”
CUNHA JR., Henrique. Textos para o movimento negro. São Paulo: Edico n, 1992. p. 71.
Muitas dessas organizações sofriam perseguições políticas, dificuldades legais e eram confrontadas pela polícia, o que tornava difícil se declarar abertamente como movimentos negros.
Depois da Abolição, o mercado de trabalho brasileiro gradualmente passou pelo processo de modernização e industrialização. Com a entrada maciça de imigrantes estrangeiros, os negros passaram a competir por postos de trabalho na indústria, nos portos, nas ferrovias. Porém, é importante enfatizar que as populações negras continuaram a ocupar, especialmente nas áreas da construção, transporte, comércio e serviços, as mesmas profissões que detinham no tempo da escravidão. Apesar do esforço para se adaptar às novas formas de trabalho, os negros encontraram dificuldades de aceitação em determinados locais, e também a recusa de pagamento de salários Para se ter um exemplo concreto, aos negros era interditada a interpretação de papéis no cinema. No início do século XX, os papéis de personagens negros eram interpretados por atores brancos, pintados de preto. A técnica chamava-se blackface.
“Sua prática revela a essência do preconceito racial, pois nele um grupo étnico (branco) constrói representações de outro grupo étnico (negro) baseado nos seus próprios valores e visão de mundo (preconceitos).”
CARVAL HO, Noel dos Santos. O cinema em negro e branco. In: SOUZA, Edileuza Penha de. Negritude, cinema e educação. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2006. p. 18.
Cerca de vinte anos após a Abolição, surge um tipo de organização baseado na constituição de clubes, com nomes como José do Patrocínio, Abolicionistas, 13 de Maio, Princesa Isabel, que lutavam contra o racismo e as barreiras sociais baseadas na cor. Esses movimentos foram influenciados pelo movimento operário anarquista, socialista e comunista. Nessa época também surgiram diversos jornais, como o Getúlio, em Campinas (SP), e o Clarim da Alvorada, em São Paulo, especificamente ligados aos movimentos negros. Nos dias 13 de maio e 26 de setembro, militantes organizavam protestos e realizavam discursos buscando conscientizar a população.
A partir da década de 1930 observa-se uma divisão interna no movimento, com a formação da Frente Negra, fundada em setembro de 1931 e responsável pela reunião de um número considerável de participantes em diferentes cidades e Estados. Dada a amplitude do movimento, e as características dos seus integrantes nos diversos locais, a Frente Negra também apresentava tendências diversas dependendo da sua base de organização. Em São Paulo, era constituída de funcionários públicos e empregados no setor de serviços e domésticos, apresentando tendências políticas integralistas. Mesmo com essas divergências, a Frente Negra foi um movimento que cresceu em importância política e número de membros, chegando a se propor como um partido político até ser fechada pela ditadura Vargas, com a implantação do Estado Novo, em 1937.
Durante o Estado Novo houve muita repressão política e pouca possibilidade de movimentação, contestação ou reivindicação por parte dos movimentos negros organizados até 1937. A partir de meados da década de 1940, entretanto, novas manifestações começam a surgir. Artista s, intelectuais e ativistas negros e brancos, que lutavam contra representações racistas do negro, fundaram, em 1944, o Teatro Experimenta l do Negro (TEN), contra a prática de pintar atores brancos de preto quando o papel fosse de protagonista da trama, ainda corrente nos palcos e telas brasileiras. A integração do negro na sociedade brasileira, de fato, sempre foi mais simbólica do que real.
“Reverenciado como um dos elementos da nacionalidade, cotidianamente o negro convivia com o preconceito e a detração da sua imagem. As denúncias de racismo eram tão constantes que o país da democracia racial aprovou, nos anos 1950, uma lei para puni r os casos de discriminação e preconceito racial. Trata -se da Lei no 7.437, conhecida como Lei Afonso Arinos, criada em 3 de julho de 1951.”
CARVAL HO, Noel dos Santos. O cinema em negro e branco. In: SOUZA, Edileuza Penha de. Negritude, cinema e educação. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2006. p. 20.














Abdias do Nascimento.
Abdias Nascimento (1914-2 011): uma das principais lideranças do movimento negro, criou o Teatro Experimental do Negro, foi curador do Museu de Arte Negra. Atuou no movimento pan-africanista mundial; fundou o Instituto de Pesquisa e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO). Como senador e deputadofederal, apresentou as primeiras propostas de legislação antirracista. No Governo do Estado do Rio de Janeiro, foi titular de duas secretarias: Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras; Direitos Humanos e Cidadania.
A partir da década de 1970, os movimentos negros realizaram ampla revisão dos movimentos passados, da percepção e da crítica à sociedade brasileira. Dessa revisão surge uma importante ruptura, que deu um novo enfoque ao movimento: não bastava fazer parte do mercado de trabalho, mas mudar as relações de trabalho. Nessa perspectiva, um ponto fundamental passou a ser discutido: o conflito social entre classes, intercalado à questão racial. Desse modo, surgiu no interior do movimento negro uma tendência socialista, que deu um novo impulso e teve como base uma crítica histórica à formação e expansão do capitalismo no Brasil.
Foi na década de 1970 que os movimentos negros emergiram em sua vertente mais moderna, construída em uma perspectiva de luta, a partir de um intenso trabalho de revisão histórica do país e de reavaliação dos movimentos passados, produz indo uma perspectiva sociológica. A partir desse momento, a cultura negra e os fatores positivos ligados ao modo de vida considerados “próprios” ao negro passaram a ser intensamente valorizados e divulgados. Isso foi resultado de movimentos negros externos, especialmente o norte-americano, que tiveram muita influência no Brasil, e também do desenvolvimento da comunicação de massa, principalmente o rádio e a televisão.
Porém é importante lembrar que, nos anos 1970, o contexto de forte repressão política da ditadura militar dificultava a organização e a manifestação pública e democrática desses grupos. A questão da raça ainda não era reconhecida pelo movimento sindical, tampouco pelos partidos políticos, de modo que a tendência foi levar o debate para a questão cultural, valorizando a cultura negra, em vez de colocar em discussão o problema da discriminação com base na cor.
Em 1978 foi fundado o Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial (MNUCDR) e o Movimento Negro Unificado, (MNU), que elaboraram uma ampla agenda, na qual a democracia passava necessariamente pela luta contra o racismo. No início dos anos 1980, a partir da reabertura democrática, com a possibilidade de criação de novos partidos políticos, as relações raciais reapareceram como uma questão pendente na democracia brasileira. Desse modo, os partidos políticos   procuraram englobar em suas ações e propostas as reivindicações dos movimentos negros.
Ao longo das décadas, o movimento negro tem tido muito êxito na ampliação de seus direitos e do espaço de sua cidadania. O fato de que o artigo 5º da Constituição Federal de 1988 defina o racismo e qualquer outra forma de discriminação como crime foi uma conquista devida, em grande parte, à militância negra. Esse dispositivo constitucional garante a igualdade entre brancos e negros na medida em que proíbe o critério de raça como forma de avaliar, qualificar ou diferenciar um cidadão em prejuízo do mesmo. Porém, o preconceito e a discriminação com base na cor da pele ainda são uma realidade vigente em nosso país. Por essa razão, a importância dos movimentos negros permanece atual e relevante enquanto forma de participação política desta categoria social em nossa sociedade.
ATIVIDADES
LEIA O TEXTO E RESPONDA AS QUESTÕES:
1) O movimento negro pode ser classificado em quais fase?
                                                                                                                     
2) O que era a técnica do blackface?

3) Quem foi Abdias do Nascimento?

4) Quais foram os Movimentos Negros fundados em 1978?

APÓS A REALIZAÇÃO DA LEITURA, RESPONDA NO GOOGLE FORMULÁRIOS NO CLASSROOM OU ENVIE O ARQUIVO CONCLUÍDO PELO EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br




ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 27/07 ATÉ  31/07
3.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
1 – LEIA ATENTAMENTE AOS TEXTOS.
2 – COMPREENDA A HISTÓRIA DO MOVIMENTO FEMINISTA.
3 – AO FIM DE CADA TEXTO, RESPONDA AS QUESTÕES COM CALMA E ATENÇÃO.
4 – AO FINAL DA ATIVIDADE, ENVIEM-NA PARA O PROFESSOR.
6 – ENTREGEM AS ATIVIDADES ATÉ QUINTA-FEIRA DIA 30/07/2020.
7 – REFAÇAM E REAVALIEM AS ATIVIDADES EM QUE AINDA TEM DÚVIDAS.

O MOVIMENTO FEMINISTA
O objetivo da temática é levar o aluno a compreender, de um lado, a historicidade da condição feminina e, de outro, como se deu, em linhas gerais, o processo de reivindicação das mulheres por direitos iguais. Durante muito tempo, a condição feminina e a masculina foram “naturalizadas”, ou seja, vistas como parte da natureza de cada um dos sexos e, portanto, imutáveis. Isso serviu para legitimar a dominação masculina. Acreditava -se que, por natureza, a mulher seria um ser inferior. Ela deveria cuidar da vida doméstica e o homem, da vida pública.
O sentido do que significa ser mulher variou ao longo da história. Essa mudança se deu entre diferentes períodos da história, em um mesmo período entre diferentes sociedades e no interior de uma mesma sociedade entre diferentes grupos.
O que se busca é desenvolver nos jovens uma sensibilidade para a compreensão da questão feminina como parte de um processo. Muitos deles ainda possuem uma série de preconceitos
que devem ser quebrados. Os jovens devem entender que uma mesma palavra, ao longo do tempo, adquiriu diferentes significados, dependendo das situações e sociedades nas quais foi aplicada. Portanto, as mulheres não têm todas a mesma natureza, tampouco se comportaram da mesma forma em diferentes momentos e sociedades. Desse modo, a forma por meio da qual eram tratadas e se percebiam é histórica e socialmente construída, e, portanto, passível de mudança.
Escreva abaixo:
1. Explique o que você entende por ser mulher e por ser homem nos dias de hoje.


2. Explique agora o que você pensa sobre o que era ser mulher na época em que sua mãe e suas avós eram jovens.


3. Você acha que ser homem e ser mulher mudou ao longo do tempo ou que as relações entre homens e mulheres sempre foram iguais? Use exemplos para fundamentar sua argumentação.


Leitura e Análise de Texto
Você considera que as mulheres são profissionalmente tão capazes quanto os homens? Revolta-se quando alguém é discriminada, sofre violência ou é desqualificada por ser mulher? Acha que as mulheres, assim como os homens, têm direito ao prazer sexual? Se respondeu sim a essas questões, então você se identifica com uma importante bandeira do feminismo: a igualdade de direitos para homens e mulheres. Mas você se autodenomina feminista?
A onda que atingiu o Brasil
Durante muito tempo, no Brasil, as pessoas separaram feminista de feminina, como se fossem coisas opostas. Até o final dos anos 1980, por exemplo, poucas pessoas aceitavam o rótulo de feminista, porque, no senso comum, o feminismo era associado à luta de mulheres masculinizadas, feias, lésbicas, mal-amadas, ressentidas e anti-homens.1 Se as mulheres que eram a favor da emancipação feminina não queriam ser vistas assim, o que dizer dos homens que, por apoiarem-nas, estavam sujeitos a todo tipo de gozação machista? Definir-se como feminista no Brasil era um grande risco.
Apesar dos preconceitos existentes, a partir dos anos 1960, o país viu surgir o feminismo de “Segunda Onda” 2: um movimento com objetivos um tanto distintos dos que haviam movido as militantes no passado. Junto com o combate às depreciações que tinham como alvos ativistas e simpatizantes, o novo feminismo apresentou reivindicações para além das relativas aos direitos políticos, econômicos e educacionais.
Ainda que fortemente inspirado pelos movimentos feministas de “Segunda Onda” que se multiplicavam no exterior, o do Brasil guardou especificidades por conta da conjuntura política; o país vivia sob uma ditadura militar3 que colocava grandes obstáculos à liberdade de expressão e levava, como reação, a lutas políticas e sociais com viés de esquerda. Os grupos de oposição ao governo contavam com grande participação de mulheres que também estavam envolvidas nos chamados “movimentos de mulheres”4 e na militância feminista. Com isso, no Brasil, a questão do trabalho e os problemas da mulher trabalhadora tiveram inicialmente prioridade
sobre tantas outras pautas feministas da “Segunda Onda”. Porém, em pouco tempo, as demais reivindicações ganhariam força, com destaque para os assuntos ligados a sexualidade e corpo e à violência contra a mulher, por exemplo.
1. A desqualificação do feminismo, geralmente, é atribuída ao fato de as feministas sufragistas inglesas terem defendido suas reivindicações de forma barulhenta e violenta. [...] Certamente, também, a reação machista às reivindicações feministas ajuda a reforçar os preconceitos.
2. Costuma-se definir como “Primeira Onda” o movimento feminista que, no final do século XIX e início do XX, reivindicava
para as mulheres direitos políticos (votar e ser eleita), direito à educação com currículos iguais aos dos homens e direito
ao trabalho remunerado com salário igual por trabalho igual. “Segunda Onda” denomina o movimento iniciado a partir de meados dos anos 1960 e que acrescenta reivindicações referentes à sexualidade (direito ao prazer), ao corpo (aborto e contracepção). Essa classificação, entretanto, tem sido questionada por alguns estudiosos. [...]
3. Iniciada em 1964 e tornada mais poderosa a partir de 13 de dezembro de 1968, com o AI-5 (Ato Institucional número 5).
4. Quando a maioria esmagadora dos participantes são mulheres, o movimento social é chamado de “movimento de mulheres”.
O feminismo é um tipo específico de movimento de mulheres.
PEDRO, Joana Maria. O feminismo de “Segunda Onda”. Corpo, prazer e trabalho. In: PEDRO, Joana Maria; PINSKY, Carla B. (Orgs.). Nova História das Mulheres. 1. ed. São Paulo: Contexto, 2012. p.238-240. <www.editoracontexto.com.br>.

4. Com base na leitura do texto, procure diferenciar “movimento feminista” e “movimento de mulheres”.



APRENDENDO A APRENDER
“Embora ainda exista preconceito contra a palavra (o rótulo, o título) feminista, um número muito maior de mulheres, e até de homens, se dizem feministas. Mas mesmo não assumindo o nome, hoje já é comum mulheres e homens aceitarem que a mulher é capaz de constituir família ao mesmo tempo que investe na profissão e mantém um relacionamento equilibrado e satisfatório com o parceiro. Também é muito freqüente a indignação diante da discriminação sexual, da violência que tem a mulher como alvo ou das restrições impostas à saúde e às decisões das mulheres sobre seu próprio corpo. Talvez a maior conquista das jovens feministas dos anos 1970 e 1980 – muitas vezes desconhecidas das novas gerações – seja o reconhecimento da existência de outras maneiras de ser uma mulher, para além das funções idealizadas de esposa, mãe e dona de casa. Até meados do século XX, aquelas que queriam se dedicar a uma profissão, por
exemplo, eram levadas a acreditar que deveriam abdicar do casamento e da maternidade. Hoje, o pensamento é outro. E você, como se situa em tudo isso? Ainda acha que não é feminista?”
PEDRO, Joana Maria. O feminismo de “Segunda Onda”. Corpo, prazer e trabalho. In: PEDRO, Joana Maria; PINSKY, Carla B. (Orgs.). Nova História das Mulheres. 1. ed. São Paulo: Contexto, 2012. p.256. <www.editoracontexto.com.br>.

Leitura e Análise de Texto
“A Constituição de 1988 finalmente igualou os direitos civis das mulheres aos dos homens, tanto na vida pública como na privada. Com respeito à família, a nova Constituição determinou que ‘homens e mulheres têm os mesmos direitos na sociedade conjugal’. O mesmo artigo 226, parágrafos 3o e 4o, alterou o próprio conceito de família, determinando que, ‘para efeito de proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento’ e ‘entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes’.
Assim o Brasil tornou-se o país com uma das mais tolerantes legislações sobre família, com a democratização dos direitos e deveres e com o reconhecimento dos filhos nascidos fora do casamento legal. Sempre que o exame de DNA comprovar a filiação, essa se dará mesmo contra a vontade do pai, que terá então de arcar com suas responsabilidades.”
MORAES, Maria Lygia Quartim de. Cidadania no feminino. In: PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla B. (Orgs.).
História da cidadania. 5. ed. São Paulo: Contexto, nov. 2010. p. 504. <www.editoracontexto.com.br>.
ATIVIDADE
5. Faça um texto explicando a importância da Constituição de 1988 para a luta pelos direitos das mulheres no Brasil.

APÓS A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE, FAVOR ENVIAR NO EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ; whatsapp: (14) 981748501; e através do Classroom.



 ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 20/07 ATÉ  24/07
3.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
1 – LEIA ATENTAMENTE AOS TEXTOS.
2 – COMPREENDA A HISTÓRIA DO MOVIMENTO FEMINISTA.
3 – AO FIM DE CADA TEXTO, RESPONDA AS QUESTÕES COM CALMA E ATENÇÃO.
4 – AO FINAL DA ATIVIDADE, ENVIEM-NA PARA O PROFESSOR.

O MOVIMENTO FEMINISTA
O objetivo da temática é levar o aluno a compreender, de um lado, a historicidade da condição feminina e, de outro, como se deu, em linhas gerais, o processo de reivindicação das mulheres por direitos iguais. Durante muito tempo, a condição feminina e a masculina foram “naturalizadas”, ou seja, vistas como parte da natureza de cada um dos sexos e, portanto, imutáveis. Isso serviu para legitimar a dominação masculina. Acreditava -se que, por natureza, a mulher seria um ser inferior. Ela deveria cuidar da vida doméstica e o homem, da vida pública.
O sentido do que significa ser mulher variou ao longo da história. Essa mudança se deu entre diferentes períodos da história, em um mesmo período entre diferentes sociedades e no interior de uma mesma sociedade entre diferentes grupos.
O que se busca é desenvolver nos jovens uma sensibilidade para a compreensão da questão feminina como parte de um processo. Muitos deles ainda possuem uma série de preconceitos
que devem ser quebrados. Os jovens devem entender que uma mesma palavra, ao longo do tempo, adquiriu diferentes significados, dependendo das situações e sociedades nas quais foi aplicada. Portanto, as mulheres não têm todas a mesma natureza, tampouco se comportaram da mesma forma em diferentes momentos e sociedades. Desse modo, a forma por meio da qual eram tratadas e se percebiam é histórica e socialmente construída, e, portanto, passível de mudança.
Escreva abaixo:
1. Explique o que você entende por ser mulher e por ser homem nos dias de hoje.


2. Explique agora o que você pensa sobre o que era ser mulher na época em que sua mãe e suas avós eram jovens.


3. Você acha que ser homem e ser mulher mudou ao longo do tempo ou que as relações entre homens e mulheres sempre foram iguais? Use exemplos para fundamentar sua argumentação.


Leitura e Análise de Texto
Você considera que as mulheres são profissionalmente tão capazes quanto os homens? Revolta-se quando alguém é discriminada, sofre violência ou é desqualificada por ser mulher? Acha que as mulheres, assim como os homens, têm direito ao prazer sexual? Se respondeu sim a essas questões, então você se identifica com uma importante bandeira do feminismo: a igualdade de direitos para homens e mulheres. Mas você se autodenomina feminista?
A onda que atingiu o Brasil
Durante muito tempo, no Brasil, as pessoas separaram feminista de feminina, como se fossem coisas opostas. Até o final dos anos 1980, por exemplo, poucas pessoas aceitavam o rótulo de feminista, porque, no senso comum, o feminismo era associado à luta de mulheres masculinizadas, feias, lésbicas, mal-amadas, ressentidas e anti-homens.1 Se as mulheres que eram a favor da emancipação feminina não queriam ser vistas assim, o que dizer dos homens que, por apoiarem-nas, estavam sujeitos a todo tipo de gozação machista? Definir-se como feminista no Brasil era um grande risco.
Apesar dos preconceitos existentes, a partir dos anos 1960, o país viu surgir o feminismo de “Segunda Onda” 2: um movimento com objetivos um tanto distintos dos que haviam movido as militantes no passado. Junto com o combate às depreciações que tinham como alvos ativistas e simpatizantes, o novo feminismo apresentou reivindicações para além das relativas aos direitos políticos, econômicos e educacionais.
Ainda que fortemente inspirado pelos movimentos feministas de “Segunda Onda” que se multiplicavam no exterior, o do Brasil guardou especificidades por conta da conjuntura política; o país vivia sob uma ditadura militar3 que colocava grandes obstáculos à liberdade de expressão e levava, como reação, a lutas políticas e sociais com viés de esquerda. Os grupos de oposição ao governo contavam com grande participação de mulheres que também estavam envolvidas nos chamados “movimentos de mulheres”4 e na militância feminista. Com isso, no Brasil, a questão do trabalho e os problemas da mulher trabalhadora tiveram inicialmente prioridade
sobre tantas outras pautas feministas da “Segunda Onda”. Porém, em pouco tempo, as demais reivindicações ganhariam força, com destaque para os assuntos ligados a sexualidade e corpo e à violência contra a mulher, por exemplo.
1. A desqualificação do feminismo, geralmente, é atribuída ao fato de as feministas sufragistas inglesas terem defendido suas reivindicações de forma barulhenta e violenta. [...] Certamente, também, a reação machista às reivindicações feministas ajuda a reforçar os preconceitos.
2. Costuma-se definir como “Primeira Onda” o movimento feminista que, no final do século XIX e início do XX, reivindicava
para as mulheres direitos políticos (votar e ser eleita), direito à educação com currículos iguais aos dos homens e direito
ao trabalho remunerado com salário igual por trabalho igual. “Segunda Onda” denomina o movimento iniciado a partir de meados dos anos 1960 e que acrescenta reivindicações referentes à sexualidade (direito ao prazer), ao corpo (aborto e contracepção). Essa classificação, entretanto, tem sido questionada por alguns estudiosos. [...]
3. Iniciada em 1964 e tornada mais poderosa a partir de 13 de dezembro de 1968, com o AI-5 (Ato Institucional número 5).
4. Quando a maioria esmagadora dos participantes são mulheres, o movimento social é chamado de “movimento de mulheres”.
O feminismo é um tipo específico de movimento de mulheres.
PEDRO, Joana Maria. O feminismo de “Segunda Onda”. Corpo, prazer e trabalho. In: PEDRO, Joana Maria; PINSKY, Carla B. (Orgs.). Nova História das Mulheres. 1. ed. São Paulo: Contexto, 2012. p.238-240. <www.editoracontexto.com.br>.

4. Com base na leitura do texto, procure diferenciar “movimento feminista” e “movimento de mulheres”.



APRENDENDO A APRENDER
“Embora ainda exista preconceito contra a palavra (o rótulo, o título) feminista, um número muito maior de mulheres, e até de homens, se dizem feministas. Mas mesmo não assumindo o nome, hoje já é comum mulheres e homens aceitarem que a mulher é capaz de constituir família ao mesmo tempo que investe na profissão e mantém um relacionamento equilibrado e satisfatório com o parceiro. Também é muito freqüente a indignação diante da discriminação sexual, da violência que tem a mulher como alvo ou das restrições impostas à saúde e às decisões das mulheres sobre seu próprio corpo. Talvez a maior conquista das jovens feministas dos anos 1970 e 1980 – muitas vezes desconhecidas das novas gerações – seja o reconhecimento da existência de outras maneiras de ser uma mulher, para além das funções idealizadas de esposa, mãe e dona de casa. Até meados do século XX, aquelas que queriam se dedicar a uma profissão, por
exemplo, eram levadas a acreditar que deveriam abdicar do casamento e da maternidade. Hoje, o pensamento é outro. E você, como se situa em tudo isso? Ainda acha que não é feminista?”
PEDRO, Joana Maria. O feminismo de “Segunda Onda”. Corpo, prazer e trabalho. In: PEDRO, Joana Maria; PINSKY, Carla B. (Orgs.). Nova História das Mulheres. 1. ed. São Paulo: Contexto, 2012. p.256. <www.editoracontexto.com.br>.

Leitura e Análise de Texto
“A Constituição de 1988 finalmente igualou os direitos civis das mulheres aos dos homens, tanto na vida pública como na privada. Com respeito à família, a nova Constituição determinou que ‘homens e mulheres têm os mesmos direitos na sociedade conjugal’. O mesmo artigo 226, parágrafos 3o e 4o, alterou o próprio conceito de família, determinando que, ‘para efeito de proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento’ e ‘entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes’.
Assim o Brasil tornou-se o país com uma das mais tolerantes legislações sobre família, com a democratização dos direitos e deveres e com o reconhecimento dos filhos nascidos fora do casamento legal. Sempre que o exame de DNA comprovar a filiação, essa se dará mesmo contra a vontade do pai, que terá então de arcar com suas responsabilidades.”
MORAES, Maria Lygia Quartim de. Cidadania no feminino. In: PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla B. (Orgs.).
História da cidadania. 5. ed. São Paulo: Contexto, nov. 2010. p. 504. <www.editoracontexto.com.br>.
ATIVIDADE
5. Faça um texto explicando a importância da Constituição de 1988 para a luta pelos direitos das mulheres no Brasil.

APÓS A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE, FAVOR ENVIAR NO EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ; whatsapp: (14) 981748501; e através do Classroom.
ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 13/07 ATÉ 17/07
3.º ANO
AULA SOCIOLOGIA
OS MOVIMENTOS DOS TRABALHADORES RURAIS
Ao falar sobre os movimentos dos trabalhadores urbanos, não podemos deixar de nos referir às mobilizações de grandes contingentes de pessoas que vivem e trabalham na zona rural. Nas aulas anteriores, pudemos perceber que existiam, desde o século XIX, movimentos de revolta de segmentos da população rural, que lutavam contra os desmandos dos coronéis, a dificuldade de acesso à terra que lhes permitisse plantar e garantir a sua sobrevivência, as injustiças e a sistemática expulsão de seus lugares de moradia. Ainda que as tentativas de organização e mobilização desses trabalhadores não tenham sido em número comparável às dos trabalhadores urbanos, algumas delas são até hoje tidas como expressão de resistência ao contexto de mudanças que atingiam as populações camponesas.
A política fundiária brasileira foi marcada pela Lei de Terras de 1850, que proibia a abertura de novas posses e a aquisição de terras devolutas a não ser pela compra. Dessa forma, ampliava-se a dificuldade de acesso à propriedade pelos camponeses sem-terra; mas, por outro lado, garantia-se a viabilidade econômica das grandes propriedades, pois só restava para esses trabalhadores a alternativa de trabalho que aí lhes era oferecida.
As mais importantes lutas camponesas que marcaram o século XX, especialmente aquelas que ocorreram a partir da década de 1950 foram: Revolta de Porecatu, no Paraná (1950-1951); Revolta do Sudoeste do Paraná (1957); Revolta de Trombas e Formoso, em Goiás (1946-1964); Demônio do Catulé, na Bahia (1955). É nesse período dos anos 1950 que cresce a luta pela reforma agrária que trará para o cenário político as exigências dos trabalhadores rurais não só pela mais justa distribuição de terras, mas também por direitos trabalhistas. Apenas em 1963, com a criação do Estatuto do Trabalhador Rural, alguns dos direitos trabalhistas serão estendidos a essa categoria, especialmente o direito de organizar sindicatos. Logo em seguida foi criada a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), que passou a representar todos os trabalhadores rurais e a desenvolver a luta em defesa dos direitos desses trabalhadores.
Um movimento importante surgido no Brasil foi a das Ligas Camponesas, considerado um dos mais importantes da “história contemporânea do campesinato brasileiro” e que serviu de inspiração para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), sem dúvida a mais ampla e expressiva luta camponesa pela reforma agrária.
As Ligas Camponesas têm sua origem em 1954, pelos trabalhadores do Engenho Galileia, da Sociedade Agrícola e Pecuária dos Plantadores de Pernambuco (SAPPP). Entretanto, diante da reação do proprietário do engenho, que os ameaçava de expulsão, recorreram a um advogado, Francisco Julião Arruda de Paula. Este se tornou um defensor dos trabalhadores e teve um papel importante no fortalecimento das Ligas. Em 1º de janeiro de 1955 a SAPPP foi legalizada e iniciou o seu processo de expansão, espalhando-se primeiro pelos Estados de Pernambuco e Paraíba, alcançando no início da década de 1960 a representação em treze Estados brasileiros. Com o golpe militar de 1964, o movimento deixou de existir.
O MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA
“O aparecimento do MST, no mesmo momento em que chegava ao fim o regime militar, tentava aproveitar aquele momento histórico em que parecia haver a oportunidade de uma revolução agrária no Brasil, sob a forma de extensas e maciças desapropriações de terra. Aquele parecia ser o desaguadouro natural dos muitos anos de luta pela terra, envolvendo milhares de trabalhadores, com base em milhares de focos de tensão social . Parecia o momento de somar e sumarizar essa luta num projeto social que fosse ao mesmo tempo um projeto político.” MARTINS , José de Souza. O sujeito oculto: ordem e transgressão na reforma agrária. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003. p. 152.
Provavelmente, dependendo da região do Estado de São Paulo onde a escola estiver situada, muitos dos alunos podem ter um conhecimento maior a respeito de ocupações ou assentamentos do MST aí localizados. Para falar a respeito do MST é preciso lembrar as lutas pela terra que o antecederam e a concentração da propriedade fundiária no Brasil. A história desse movimento só pode ser entendida se a situarmos no contexto da economia brasileira e das políticas fundiárias responsáveis pela concentração de terras nas mãos dos grandes proprietários e a consequente expulsão dos trabalhadores rurais.
O MST foi criado em 1984 tendo como objetivos a luta pela reforma agrária, a construção de uma sociedade mais justa, a expropriação de latifúndios improdutivos e o estabelecimento de uma área máxima de hectares para a propriedade rural. Está organizado em 24 Estados brasileiros e, como forma de pressão na luta pela terra, recorre às ocupações, ou seja, à instalação de grande número de famílias em latifúndios improdutivos, constituindo os chamados acampamentos.
Possui uma organização vertical, com uma direção colegiada, na qual todos os dirigentes têm o mesmo nível de responsabilidade. Além disso, propõe as cooperativas de produção como forma de organização das famílias assentadas, isto é, quando conseguem o acesso definitivo à terra. Uma característica marcante do MST é a ênfase na educação com a criação de escolas nos assentamentos, com o objetivo de aumentar a taxa de escolaridade e o espírito crítico dos trabalhadores rurais.
ATIVIDADES
1) Qual foi a primeira legislação que tratou da questão da terra e da propriedade no país no século XIX?
2) Quais foram as principais revoltas camponesas brasileiras no século XX?
3) O que foi as Ligas Camponesas e quem era o seu principal líder?
4) Quando foi fundado o MST e quais as suas principais características?

APÓS A REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES, FAVOR ENVIAR PARA O EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br


                          




 ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 06/07 ATÉ 10/07

3.º ANO
AULA SOCIOLOGIA
OS MOVIMENTOS OPERÁRIO E SINDICAL NO BRASIL
Nesta Situação de Aprendizagem, falaremos sobre os movimentos operário e sindical no Brasil. Antes de começar, responda:
1) Você conhece algum sindicato?
( ) Não, não conheço nenhum sindicato.
( ) Sim, conheço.
* Você poderia citar alguns exemplos?




Para que serve um sindicato?




Sindicato: associação, para fins de estudo, defesa e coordenação de seus interesses econômicos e/ou profissionais, de todos os que (na qualidade de empregados, empregadores, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais) exerçam a mesma atividade ou atividades similares ou conexas.

O MOVIMENTO OPERÁRIO
LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO
Diferentemente do que ocorreu na Inglaterra, a formação de uma classe trabalhadora industrial urbana se deu bem mais tarde no Brasil e em outros países europeus, porque, até a vinda da Corte Portuguesa, a instalação de qualquer tipo de indústria manufatureira era proibida na colônia. Isso porque Portugal desejava deter o monopólio da comercialização de produtos manufaturados para o Brasil. Desse modo, até 1808, a maior parte das ferramentas, dos tecidos, dos armamentos, das munições, das cerâmicas, dos livros, entre outras coisas, vinha de Portugal.   Após a chegada da Corte, com a abertura dos portos para as nações amigas, o Brasil passou a comprar produtos da Inglaterra, e o consumo se diversificou. Porém, a entrada maciça de artigos ingleses no mercado brasileiro dificultou muito o surgimento de uma indústria nacional, pois não havia como competir em quantidade
e variedade.
O interesse no desenvolvimento industrial só foi possível a partir de 1850, quando o tráfico de escravos foi proibido. Isso gerou demanda por mão de obra e estimulou a entrada de um número significativo de imigrantes estrangeiros, que viriam ajudar a formar a classe operária assalariada. Inicialmente, as condições de trabalho dos operários de fábrica eram tão ruins quanto as que analisamos no caso da Inglaterra: homens, mulheres e crianças trabalhavam longas horas, sem direito a férias, indenização por acidentes de trabalho ou qualquer tipo de proteção por parte do Estado. A maioria dessas pessoas trabalhava em fábricas nos principais centros urbanos na virada do século XIX para o XX, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

1o Congresso Operário Brasileiro realizado no Centro Galego, Rio de Janeiro
(RJ), abr. 1906.
No início dos anos 1920, a classe operária brasileira ainda era pequena e se formara
recentemente, não chegando a 300 mil pessoas. Internamente, porém, já podia ser considerada diversificada, tanto do ponto de vista social quanto político. No Rio de Janeiro, por exemplo, a industrialização era mais antiga e o perfil do operariado tendia a ser mais nacionalizado. Segundo José Murilo de Carvalho, havia, contudo, uma presença expressiva de portugueses, cuja cultura e tradição não eram muito diferentes da brasileira, de operários do Estado e de membros da população negra, incluindo ex-escravos. Comparativamente, em São Paulo, a maior parte dos operários era imigrante, especialmente italianos e espanhóis, e a presença de empresas públicas e do operariado do Estado era pequena.
A mistura de operários de origens diversas gerou comportamentos políticos diferentes nas duas cidades. Dependendo do setor ao qual o operariado estava ligado, mudava também a sua relação com o Estado.

Tendências
Políticas
Características
“Amarelos” ou Reformistas
Eram os setores menos agressivos, mais próximos do governo. Ainda que buscassem a melhoria das condições de trabalho e de vida para os trabalhadores, não se opunham à ordem estabelecida, mantendo assim uma relação “clientelista” com seus empregadores.
Anarquistas
Constituíam os setores mais radicais, que rejeitavam qualquer relação com o Estado e com a política, bem como os partidos, o Congresso e mesmo a ideia de pátria. Para os anarquistas, o Estado ou qualquer outra instituição autoritária hierarquicamente superior era considerado dispensável e até mesmo nocivo para o estabelecimento de uma comunidade humana autêntica. Dessa forma, também eram contra qualquer forma de organização ou dominação patronal.
Socialistas
Organizados oficialmente em 1922, defendiam a tomada do poder por meio da revolução. A causa operária dos comunistas era lutar contra o sistema capitalista, substituindo o controle do Estado pelo partido, centralizado e hierarquizado, até que pudesse ser criada uma sociedade sem classes, onde a propriedade privada seria abolida e os meios de produção seriam de todos. Desse modo, o Estado se tornaria desnecessário e posteriormente deixaria de existir.
Comunistas
Menos radicais que os anarquista s e comunistas, acreditavam que podiam fazer avançar os interesses da classe operária por meio da luta política , ou seja, da conquista e do exercício dos direitos políticos.

O MOVIMENTO SINDICAL

O movimento sindical no Brasil não pode ser entendido fora do contexto histórico e político em que a legalização, organização e disseminação dos sindicatos se desenvolveram. Do ponto de vista da Sociologia, ele nasce de um longo processo de relações sociais entre grupos com interesses divergentes entre si, que detiveram posições de força diferentes no campo de poder da esfera do trabalho e, por essa razão, nem sempre puderam participar e atuar politicamente em condições de igualdade. O período estudado vai desde a formação do operariado industrial urbano no Brasil até os dias de hoje e será dividido em etapas, nas quais analisaremos as inter-relações entre três atores políticos principais, representados na tríade a seguir:


É importante enfatiza r que o esquema apenas representa grupos sociais divergentes e esses mesmos grupos não são homogêneos, tampouco ideologicamente convergentes. Como vimos na
etapa anterior, o operariado brasileiro era segmentado em facções diferentes, com comportamentos políticos e formas de atuação diversas, orientados por ideias e linhas de pensamento não coincidente s entre si. Do mesmo modo, o patronato nem sempre acatou as resoluções do Estado da mesma forma e empresas diferentes adotaram medidas próprias com relação aos seus operários, não necessariamente em concordância com o que outras organizações de industriais faziam. O Estado, por sua vez, implementou medidas e promulgou leis que favoreceram um ou outro grupo, dependendo também do maior ou menor apoio político que poderia obter a partir delas, do seu alcance social e, mais importante ainda, do ideário político e dos projetos de desenvolvimento vigentes na época.
Isso fica mais claro quando analisamos o contexto histórico e político de cada período. Você pode fazer isso utilizando o quadro a seguir:
Período: República Velha (1889 a 1930)
Trabalhadores,
operários e sindicatos
Proprietários rurais,
empregadores e industriais
Estado
Organização e divisão em grupos segundo orientação anarquista, comunista, socialista ou reformista.
1901 - 1920 – Intensas
mobilizações e greves operárias em São Paulo e no Rio de Janeiro, especialmente no período entre 1917 e 1920.
1922 – Fundação do
Partido Comunista no Brasil.
Utilização de forças policiais
na proteção de fábricas e na
intermediação de conflitos
com trabalhadores e lideranças, apreensão de jornais operários e destruição das gráficas que os imprimiam.
Obstrução por meio de associações de qualquer intervenção do Estado no mercado de trabalho, alegando que os legisladores não conheciam o cotidiano das fábricas.
Sugestão da criação da Caixa
de Aposentadoria e Pensões
(CAP) aos ferroviários.
1891 – Constituição Republicana proibia ao governo federal interferir na regulamentação do trabalho.
1903 – Lei da Sindicalização Rural.
1907 – Lei da Sindicalização Urbana .
1919 – Aprovação da obrigatoriedade de indenização por acidente de trabalho.
1921 – Aprovação da lei de repressão ao anarquismo.
1923 – Lei que institui a Caixa de Aposentadorias e
Pensões dos Ferroviários. Em 1926, outra lei estende
a CAP a outras empresas e trabalhadores.
1925 – Decreto estabelece 15 dias de férias anuais remuneradas aos trabalhadores urbanos.
1926 – Reforma constitucional autoriza o governo federal a legislar sobre o trabalho.
1927 – Código de Menores proíbe o trabalho de crianças com menos de 14 anos e estipula jornada de 6 horas para menores de 18 anos.
Durante a República Velha, predominava como ideário político o liberalismo em sua vertente mais ortodoxa. Desse modo, os representantes dos grupos sociais que estavam no poder, isto é, as oligarquias de grandes proprietários rurais, bem como as elites da emergente indústria nacional, acreditavam que não cabia ao Estado promover a assistência social. Qualquer interferência do governo na regulamentação do trabalho, na ótica liberal, era vista como uma violação da liberdade do exercício profissional. Foi a presença de trabalhadores estrangeiros na cafeicultura e a preocupação das representações diplomáticas de seus países com o tratamento que lhes era dado que permitiram o reconhecimento dos sindicatos como representantes legítimos dos operários. Isso possibilitou que o operariado urbano no Brasil atuasse de forma mais organizada, por meio da intensa participação política de seus membros. A violência policial não era mais capaz de conter as demandas sociais. Desse modo, o Estado passou a intervir como regulador das relações entre empregadores e empregados, nomeadamente após as greves de 1917 a 1920, que levaram às primeiras que levaram às primeiras regulamentações trabalhistas de que se tem notícia. Os industriais, por sua vez, não ficaram indiferentes e sugeriram projetos como a criação das CAPs que buscavam, na realidade, desmobilizar  os setores operários mais radicais, por meio do provimento de certos benefícios, como aposentadorias e pensões.
Era Vargas (1930-1945)

Trabalhadores,
operários e
sindicatos
Proprietários rurais,
empregadores e
industriais

Estado
Multiplicação de sindicatos e outras associações de
classe.
Surgimento de vários partidos políticos.
Organização por uma legislação sindical e social, política de industrialização e reforma agrária.
Multiplicação de sindicatos
e outras associações de classe.
Surgimento de vários partidos políticos.
Apoio ao governo federal
para que houvesse controle sobre as reformas sociais a ser introduzidas.
1930 – Criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
1931 – Lei de sindicalização. Essa lei foi reformulada em 1934 e posteriormente em 1939, quando se completa a definição dos marcos legais do sindicalismo brasileiro.
1933 – Criação do Instituto de Aposentadorias e Pensões
dos Marítimos (IAPM).
1934 – Criação dos Institutos dos Comerciários (IAPC) e dos Bancários (IAPB).
1936 – Criação do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos
Industriários (IAPI).
1937 – Instauração do Estado Novo.
1938 – Criação do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Empregados em Transportes de Cargas (Iapetec) e da Estiva (IAPE).
1940 – Instituição do imposto sindical e do salário mínimo.
1943 – Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
A Era Vargas pôs fim ao poder das velhas oligarquias que vinham se alternando na presidência da Velha República. O projeto nacionalista do Estado Novo defendia o desenvolvimento econômico com base no crescimento industrial, na construção de ferrovias, no fortalecimento das Forças Armadas e da defesa nacional. Tratava-se de uma visão de Estado centralizadora e autoritária. O ideário, que começou a ser formulado desde a campanha da Aliança Liberal e que viria a se expressar no Governo Provisório e mais fortemente no Estado Novo, valorizava o equilíbrio econômico, a supremacia dos interesses coletivos, e, em nome da necessidade de manutenção da ordem social, rejeitava o conflito social e impunha a cooperação entre trabalhadores e patrões, sob a supervisão do Estado. Desse modo, empregados e empregadores eram obrigados a se filiar a sindicatos controlados pelo governo, onde as questões eram tratadas de forma técnica e não política. O sindicato deixou de ser um órgão de luta, defensor dos interesses dos assalariados e tornou-se uma espécie de agência ministerial, pois todas as suas atividades ocorriam sob estrita vigilância do governo, que podia intervir caso suspeitasse de alguma irregularidade. Além da falta de liberdade de atuação política dos trabalhadores, esse sistema protegia somente os trabalhadores urbanos com registro em carteira, filiados a um sindicato reconhecido pelo Ministério do Trabalho. A obrigatoriedade do imposto sindical para cada categoria permitiu o florescimento do chamado “sindicato de fachada”, controlado por pessoas sempre disposta s a apoiar as iniciativas governamentais, sem compromisso com os interesses daqueles que diziam representar. A esse fenômeno denominou-se “peleguismo”1.
1. Peleguismo deriva da palavra “pelego”, que se refere a um pedaço de lã de carneiro colocado entre a sela e o lombo do cavalo, tornando a cavalgada mais confortável para o homem e o animal. O termo passa a ser usado para se referir ao dirigente sindical que atua de modo a “amortecer” a luta entre trabalhadores, empresários e Estado. Dessa maneira, age em detrimento dos interesses da classe que representa, tornando-se um beneficiário do sistema, mais próximo dos interesses do empresariado e do Estado, colaborando no controle da classe trabalhadora.

Era Nacional-Desenvolvimentista (1945-1964)
Trabalhadores, operários e
sindicatos
Proprietários rurais,
empregadores e industriais

Estado
Formação de vários partidos.
Apoio à política populista e nacionalista.
Realização de greves à revelia da Justiça do Trabalho.
1953 – Greve dos 300 Mil em São Paulo.
1954 – Onda de greves importantes.
1955 – Legalização da Sociedade Agrícola e Pecuária dos Plantadores
de Pernambuco (SAPPP), que havia sido criada no ano anterior no Engenho Galileia e logo conhecida como
Liga Camponesa.
1962 – Organização do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT).
1963 – Fundação em 22/12 da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), reconhecida oficialmente em 31/01/1964.
Formação de vários partidos.
Apoio à política do governo
por parte do empresariado e da intelectualidade que pertenciam aos setores nacionalistas.
Oposição à política do governo por parte de militares anticomunistas e do empresariado brasileiro ligado ao capital internacional, de orientação liberal.
1962 – Fundação do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES) por empresários do Rio de Janeiro e de São Paulo, que lutavam contra o comunismo e pela preservação da sociedade capitalista.
Greves só eram autorizadas pela Justiça
do Trabalho.
1945 – Convocação de eleições presidenciais
e legislativas.
1946 – Promulgação de nova Constituição.
Um de seus artigos permite a desapropriação
de terras mediante indenização prévia em dinheiro, o que limitava, na prática, as desapropriações.
1946 - 1950 – Intervenção nos sindicatos, proibição de greves, paralisações, comícios e manifestações.
1963 – Criação do Estatuto do Trabalhador
Rural.
1964 – Decreto de João Goulart declara como terras públicas as faixas circundantes de rodovias federais, ferrovias e açudes.
1964 – Golpe militar institui um regime
Após a derrubada de Vargas e a convocação de eleições presidenciais e legislativas em dezembro de 1945, o Brasil vivenciou sua primeira experiência democrática da história. Esse período foi marcado pela radicalização do ideário populista e nacionalista, defendido por alguns setores nacionalistas das Forças Armadas, especialmente do Exército, facções do empresariado e segmentos da intelectualidade, e contava com o apoio dos trabalhadores e de sua máquina sindical. Governo, militares, empresários e trabalhadores posicionaram-se antagonicamente em torno das principais questões de interesse nacional na época: a Guerra Fria, o petróleo e a política sindical e trabalhista. Os defensores do chamado Nacional-Desenvolvimentismo apoiavam o monopólio estatal do petróleo e outros recursos considerados estratégicos, como a energia elétrica, e eram partidários do protecionismo industrial, da política trabalhista e da independência da política externa em relação às potências dominantes (EUA e URSS). Contrariamente a esses, posicionavam-se os defensores da abertura do mercado ao capital externo, inclusive em relação à exploração dos recursos naturais brasileiros, condenando a aproximação entre governo e os sindicatos e apoiando uma
política externa de estreita cooperação com os Estados Unidos. Dentro do esquema sindical herdado do Estado Novo, líderes sindicais e de organizações nacionais unificadas de trabalhadores não permitidas pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), incluindo entre eles membros do Partido Comunista, organizaram inúmeros movimentos e greves de natureza política comprometidos com a causa nacionalista e popular. O movimento sindical desse período, contudo, pela sua estreita ligação com os partidos políticos, reforçava o corporativismo e as entidades de cúpula, distanciando-se das bases operárias e de seus interesses mais propriamente econômicos que políticos.

Ditadura Militar (1964-1985)
Trabalhadores, operários e
sindicatos
Proprietários rurais,
empregadores e industriais

Estado
1968 – Greves operárias contra o autoritarismo do governo militar, contra a política salarial e a lei de greve.
1978 -1979 – Movimentos grevistas no ABC Paulista reúnem mais de 80 mil grevistas.
1979 – Os arrendatários expulsos das terras indígenas de Nonoai, juntamente com outros camponeses, acampam em um ponto de uma estrada chamado
Encruzilhada Natalino, em
Ronda Alta (RS).
1980 – Fundação do Partido
dos Trabalhadores (PT).
1981 – Realização da primeira Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras (Conclat).
1983 – Fundação da Central
Única dos Trabalhadores
(CUT).
1984 – Organizado formalmente, em Cascavel (PR), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Durante o período militar, o
capital nacional se apoiou em empreendimentos estatais que possibilitaram um amplo crescimento
econômico durante a década de 1970.
Apoio às políticas estatais nacional-desenvolvimentistas do
governo militar, que favoreceram
o empresariado urbano e
os proprietários rurais.
Atuação de grandes proprietários concentradores de terras em latifúndios, contra as iniciativas de reforma agrária, agravando os conflitos no campo.
1964 – Lei nº 4.330, que regulamenta o direito
de greve.
1965 – Aprovado o Estatuto da Terra, que reconhece a função social da propriedade privada e permite desapropriações para fins de assentamento agrário.
1965 – Lei nº 4.725, que estabelece os critérios
para o cálculo dos reajustes salariais, conhecida como lei do arrocho salarial.
1965 – Ato Institucional nº 2 proíbe a eleição
direta para presidente da República, extingue
os partidos existentes e cria sistema de dois
partidos.
1966 – Criação do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS) e do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
1968 – Ato Institucional nº 5 (AI-5) fecha o
Congresso, estabelece a censura e introduz
medidas ainda mais repressivas.
1969 – Emenda Constitucional nº 1 à Constituição Brasileira de 1967, que admite a desapropriação de terras mediante pagamento
de títulos da dívida pública. A Constituição
Brasileira de 1988 revalida esse princípio,
mas limita as desapropriações às terras
improdutivas.
Durante o regime militar, os órgãos sindicais foram severamente reprimidos. As intervenções nos sindicatos, federações e confederações ocorreram logo nos primeiros anos do regime e voltaram-se contra a cúpula do movimento. Desse modo, quando recomeçaram as greves, em 1968, elas ocorreram à margem da estrutura sindical oficial. O período milita r caracterizou-se também pela expansão de novos setores da economia, especialmente os de bens de consumo durável de capital. Foi entre os metalúrgicos de empresas automobilísticas multinacionais e empresas nacionais de siderurgia, máquina s e equipamentos, sobretudo da Grande São Paulo, que surgiu o novo movimento sindical. Esse movimento tem sua origem na crítica à política econômica do governo militar, especialmente a que se referia aos salários, nas lutas pelo direito de greve, pela autonomia e liberdade sindical, pelos direitos democráticos e na defesa da negociação direta com o patronato, afirmando assim o seu compromisso com os interesses dos trabalhadores. Além disso, tinha como principal proposta a organização no local de trabalho, com a criação das comissões de fábrica. A expressão mais forte da resistência dos trabalhadores e do movimento sindical ocorre nas greves de 1968 e nas do final dos anos 1970 na região do ABC, tendo na liderança a categoria dos metalúrgicos. A partir dessa presença no cenário político nacional, o movimento sindical foi se fortalecendo com a criação do Partido dos Trabalhadores e a das Centrais Sindicais, até então proibidas na legislação sindical herdada do Estado Novo.

ATIVIDADE
1. Analise a atuação dos operários e sindicatos em cada um dos períodos e avalie os seguintes aspectos:
a) o grau de participação política;
b) a capacidade de mobilização diante da interferência de empregadores e do Estado;
cas principais legislações obtidas a partir da mobilização desse grupo social específico.

APÓS A CONCLUSÃO DAS ATIVIDADES, FAVOR ENVIAR PARA O EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ou para o whats: 14 981748501
ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 29/06 ATÉ 03/07
3.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
REVOLTAS POPULARES DOS SÉCULOS XIX E XX
Análise o quadro:
DATA
EVENTO
LOCAL
ATORES SOCIAIS
ENVOLVIDOS
CARACTERÍSTICAS

1832
a 1835

Revolta dos
Cabanos

Pernambuco
e Alagoas

Pequenos proprietários,
índios, brancos
pobres sem-terra e sem-trabalho e negros fugidos, liderados pelo mulato Vicente Ferreira de Paula.

Os rebelados tinham como principais demandas sociais a libertação dos escravos, a posse da terra na região das matas entre o sertão e a zona litorânea de Pernambuco e Alagoas, reivindicada pelos grandes senhores de terras, de onde os cabanos tiravam seu sustento. A revolta durou três anos e foi enfrentada pelas tropas do governo em forma de guerrilha, nas matas da região.
1835
a 1840
Cabanagem
Belém (PA),
na então
província do
Grão-Pará
Índios chamados de “tapuios”, negros libertos
e mestiços,
liderados pelo lavrador Francisco
Vinagre e pelo seringueiro
Eduardo
Angelim.
A principal motivação para a revolta foram as ações do
governo da província do Grão-Pará, considerado impopular e responsável pela miséria em que
essas populações viviam. Os cabanos tomaram a capital, Belém (PA), mataram o governador
e decretaram independência
em relação ao Império brasileiro. A luta continuou até 1840 e foi a rebelião mais sangrenta da história
do Brasil, com cerca de 30
mil mortos.
1835
Revolta
dos Malês
Salvador
(BA)
Negros alforriados e
escravos muçulmanos
nagôs, que se
uniram a outros
das nações iorubá,
haussá, jeje e tapa.
Embora não tivessem um projeto político definido, pretendiam tomar o governo e se tornar livres, a fim de professar suas crenças religiosas e vivenciar suas identidades étnicas em um país predominantemente
católico e fortemente dominado por um regime senhorial escravocrata.
1838
a 1840
Balaiada
Maranhão
e Piauí
Vaqueiros, artesãos
e escravos fugitivos, liderados pelo fabricante de balaios Manoel Francisco
Gomes.
As origens da Balaiada estão nos desmandos e abusos de poder
perpetrados pelas autoridades locais que, em um momento de forte crise da economia maranhense,
conduziram ao levante
das populações locais contra o governo provincial. Os “balaios”
chegaram a reunir 11 mil homens armados e tomaram a cidade
de Caxias (MA), mas foram derrotados em 1840 por Luís Alves de Lima e Silva, que veio a se tornar o Duque de Caxias.
1851
a 1852
Revolta
contra o
Censo Geral
do Império
e o Registro
Civil de
Nascimentos
e Óbitos
Todas as
províncias
do Nordeste
e norte de
Minas Gerais
Camponeses e trabalhadores
Rurais pobres.
Até 1850, o único registro que havia era dos escravos que entravam no país. Com isso, a população temia
que o governo estivesse estabelecendo um novo tipo de escravidão ao impor o censo. O registro civil de nascimento foi interpretado como uma sobreposição do poder do Estado sobre a Igreja, o que era considerado
inadmissível.
1874
Revolta do
Quebra-Quilos
Rio de
Janeiro,
Paraíba,
Pernambuco,
Alagoas e
Rio Grande
do Norte
Pequenos proprietários,
comerciantes e
consumidores.
Ao mudar o velho sistema de pesos e medidas, o governo de Visconde de Rio Branco introduziu
também a cobrança de aluguéis e taxas dos novos sistemas de aferição dos pesos e medidas, o que onerava os comerciantes,
aumentando ainda mais o descontentamento da população com relação às mudanças, provocando
inúmeras reações de
rebelião.
1896
a 1897
Guerra de
Canudos
Sertão
da Bahia
Jagunços, camponeses
e ex-escravos.
Rejeitando as medidas secularizadoras adotadas pela República, o líder Antônio Conselheiro
tentou criar uma comunidade de santos, onde as pessoas viveriam
unidas pela fé, exercendo práticas religiosas tradicionais. Ele acreditava
que a cobrança de impostos
e o casamento civil eram práticas contrárias ao que a Igreja preconizava e que o modo de vida que
defendia poderia acabar com as diferenças sociais. Canudos foi inteiramente destruída pelas forças republicanas em 1897.
1912 a 1916
Guerra do
Contestado
Paraná e Santa
Catarina
Trabalhadores sem-terra, liderados pelo
monge José Maria.
Os moradores da região reivindicavam o direito de propriedade das terras que cultivavam, ocupadas
por oligarquias regionais e
duas empreendedoras norte-americanas que operavam ali, responsáveis
pela implantação da via
ferroviária que uniu o Rio Grande a São Paulo, e uma madeireira. As empresas tinham interesse em explorar a floresta nativa, de onde  população tirava seu sustento, e o governo apoiava a expulsão de José
Maria e seus seguidores, que foram severamente reprimidos por um grande contingente de soldados
equipados com fuzis, canhões, metralhadoras e até mesmo aviões.

ATIVIDADE
Selecione um dos eventos históricos explicitados e desenvolva uma pequena pesquisa utilizando livros de História, enciclopédias ou internet, a fim de aprofundar o seu conhecimento sobre a participação da população nessas rebeliões.

APÓS A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE, ANEXÁ-LA NA PLATAFORMA DO CLASSROOM OU ATRAVÉS DO EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 22/06 ATÉ 26/06

ATIVIDADES
AULA DE SOCIOLOGIA
3.º ANO
DEVERES DO CIDADÃO
Até o presente momento, muito se falou dos direitos do cidadão, mas pouco dos seus deveres. Embora a concepção de cidadania seja fundamentada na noção de Direito, é importante enfatizar que ser cidadão implica não apenas a observância dos seus direitos, mas também o conhecimento da legislação que prescreve as normas limitadoras das ações. Elas estabelecem quais são as infrações e as punições para quem atenta contra os direitos dos demais cidadãos. Cidadania, portanto, também é dever.
Nesta etapa da Situação de Aprendizagem, discutiremos o que é cidadania sob esse ponto de vista, utilizando como base algumas das mais importantes resoluções promulgadas após a Constituição de 1988: o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), o Código de Defesa do Consumidor (1990) e o Estatuto do idoso (2003).
Do Estatuto da Criança e do Adolescente
[...]
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
[...]
Art. 18 É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
[...]
Do Código de Defesa do Consumidor
[...]
Art. 31 A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.

Do Estatuto do Idoso
[...]
Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
§ 1º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso.
[...]
Art. 6º Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento.
[...]
§ 3º É dever de todos zelar pela dignidade do idoso, colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

APÓS A LEITURA, IDENTIFIQUEM OS SEGUINTES ELEMENTOS:

1) Quem são os cidadãos responsáveis por assegurar os direitos da criança, do adolescente, do consumidor e do idoso?
2) Quais são os deveres que todos nós temos,enquanto cidadãos, em relação à criança,ao adolescente, ao consumidor e ao idoso?

APÓS A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE, FAVOR ENVIAR PARA O EMAIL: ricardossilva@professor.educacao.sp.gov.br



  LINK DO CLASSROOM: 3ºD SOCIOLOGIA



ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 15/06 ATÉ 19/06

3.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
ESTUDO DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
O ECA é fruto da mobilização da sociedade civil, ou seja, de pessoas que se reuniram em seus bairros, profissionais que discutiram essas questões entre si, estudantes e cientistas que realizaram pesquisa, visando a produzir uma legislação promovendo os direitos civis e sociais de crianças e adolescentes. Ele emergiu do movimento de redemocratização que levou à Assembleia Constituinte, época de militância em prol da mulher, dos povos indígenas, dos sem-terra.
Cabe observar, porém, que o ECA também foi influenciado pelo contexto internacional da época, que levou muitos países a reeditarem sua legislação sobre o bem-estar da criança na década de 1980. Podemos citar como exemplos a Lei do Bem-Estar da Criança, promulgada na Espanha (1987), o Estatuto Africano dos Direitos e Bem-Estar da Criança (1987), a Convenção dos Direitos da Criança das Nações Unidas (1989), o Código inglês da Família (1989), entre outros.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade .
[...]
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
[...]
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.
§ 1º A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão atendimento especializado.
[...]
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
[...]
Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
[...]
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho [...].”
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 14/06/2020.

ATIVIDADE

1. Se todos os homens nascem livres e iguais em direitos, por que as crianças e adolescentes precisam de uma legislação especial para elas?

2. Tomando como base os trechos selecionados, quais seriam alguns dos direitos específicos das crianças e dos adolescentes?

3. Crianças e adolescente s constituem uma categoria social específica que, por meio de movimentos sociais em prol da defesa dos seus direitos, teve uma legislação desenvolvida propriamente para eles. Vocês conhecem outras categorias sociais que, por meio da participação política da sociedade civil, também obtiveram legislações específicas?

Enviar atividades realizadas para o email: ricardocientistasocial@gmail.com
ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 08/06 ATÉ 12/06

AULA DE SOCIOLOGIA
ESTUDO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 (PARTE 2)
Nesta etapa da Situação de Aprendizagem, analisaremos mais atentamente os artigos que dizem respeito especificamente aos direitos sociais e políticos.
Porém, a Constituição Brasileira é muito mais ampla e diversificada e o fato de nem todos os artigos e incisos estarem aqui discriminados pode despertar a curiosidade dos alunos a respeito deles.
Aproveite esse fato para estimulá-los a fazer pesquisa e aprofundar o conhecimento sobre seus direitos, previstos pela Constituição.

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
- relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical [...].
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
- plebiscito[1];
II - referendo[2];
III - iniciativa popular[3].
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
- obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para: os analfabetos; os maiores de setenta anos; os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço   militar obrigatório, os conscritos.
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
- a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de: trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da república e Senador; trinta anos para governador e Vice-governador de Estado e do Distrito Federal; vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; dezoito anos para Vereador.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.”
ATIVIDADES
1) Analise  os  artigos  apresentados  e  identifique  aqueles  que  podem  ser  entendidos como:
a) direitos sociais.
b) direitos políticos.
2) Quais são as formas de participação política da população, previstas pela Constituição?
3) Descreva, com suas palavras: pela Constituição,  quem  pode  votar  e  quem  pode ser votado?

Email para o envio da atividade: ricardocientistasocial@gmail.com





[1] Segundo o Dicionário Houaiss da língua portuguesa, (edição eletrônica). Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2007, o plebiscito é uma manifestação da vontade popular, ou da opinião do povo, expressa por meio de votação, acerca de assunto de grande interesse político ou social.
[2] Segundo o Dicionário Houaiss da língua portuguesa, (edição eletrônica). Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2007, o referendo é uma manifestação de um grupo mais ou menos considerável de pessoas, expressa por meio de votação, sobre questão submetida à sua opinião.
[3] Segundo o site da Presidência da república (disponível em: <http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/ processolegislativo/fluxo/plTramitacao/conteudoFluxo/01.html>, acesso em: 08/06/2020), a iniciativa popular consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 26/05 ATÉ 29/05


ESTUDO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios  e  do  Distrito  Federal,  constitui-se  em  Estado  democrático  de  direito  e  tem  como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
[...]
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à   liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desum ano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
[...]
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentim ento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
[...]
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
[...]
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
[...]
XXII - é garantido o direito de propriedade;
[...]
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
[...]
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem [...].”
Disponível em: <http://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/con1988_05.10.1988/index.shtm>   Acesso em: 25/05/2020.

APÓS A LEITURA DOS TRECHOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, RESPONDA:
1) Segundo os termos da Constituição, de que forma é definido o Estado brasileiro?

2) A quem é atribuído o exercício do poder?

3) Leia atentamente os incisos XLII e XLIII. Nesse  caso,  eles  tratam  de  direitos ou deveres do cidadão? Justifique.

Após a realização da atividade, enviar para o email: ricardocientistasocial@gmail.com


ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 18/05 ATÉ 22/05


A CIDADANIA MODERNA: OS DIREITOS HUMANOS
Após a Segunda guerra Mundial, quando a realidade dos campos de extermínio do regime nazista se tornou pública e o mundo se defrontava com os chocantes resultados das bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, a Organização das Nações Unidas (ONU) promulgou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948. inspirada na Declaração de Independência dos Estados Unidos e na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão da França, ela se tornou um marco na defesa dos direitos humanos, abarcando em um único conjunto de princípios todos os direitos civis, sociais e políticos pelos quais as sociedades ocidentais vinham lutando desde o século XVIII.
Posteriormente, as ações em prol dos direitos humanos se desdobraram na criação da Anistia internacional, em 1961, e se disseminaram nas décadas de 1980 e 1990, na atuação de milhares de ONgs e grupos comunitários que buscam defender as condições mínimas de sobrevivência dos povos nos mais diversos países. Cabe agora discutir, no contexto do século XXI, o escopo dos direitos humanos e ampliar a reflexão dos alunos para a tese de que, sem a garantia desses direitos, não é possível o exercício da cidadania.
Leia em voz alta os seguintes artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948.
A Assembleia geral proclama a presente “Declaração Universal dos Direitos Humanos” como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
Artigo I – Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
Artigo II – 1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.
Artigo III – Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo IV – Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.
Artigo V – Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou
degradante.
Artigo VI – Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.
[...]
Artigo IX – Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo X – Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.
Artigo XI – 1. Todo ser humano acusado de um ato delituoso temo direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo coma lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
[...]
Artigo XX – 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo XXI – 1. Todo ser humano tem o direito de fazer parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.
2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.
[...]
Artigo XXIII – 1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que   lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses.
Artigo XXIV – Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.
Artigo XXV – 1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-l h e, e a sua família, saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças,
nascidas dentro ou fora do matrimônio gozarão da mesma proteção social.
Artigo XXVI – 1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvar á as atividades das Nações Unida s em prol da manutenção da paz.
3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.
[...]
ATIVIDADE
Identifique, na Declaração de 1948, os artigos que se referem a:
a) direitos humanos fundamentais.
b) direitos civis.

c) direitos políticos.

d) direitos sociais.

Após a conclusão, favor enviar a atividade resolvida para o email: ricardocientistasocial@gmail.com


ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 11/05 ATÉ 15/05


AULA – 3.º ANO (SOCIOLOGIA)
DIREITOS SOCIAIS
A necessidade de garantir melhores condições de vida para a população tornou-se uma bandeira dos revolucionários franceses no final do século XVIII, quando as tensões sociais de séculos de Absolutismo, acirradas nos reinados de Luís XIV e Luís XV, irromperam de forma violenta contra o Estado.
Com o advento da Revolução Industrial e a formação da classe operária nos centros urbanos, a luta pela regulamentação das condições de trabalho teve início no século XIX e se perpetuou durante todo o século XX. Nesse período, é importante destacar dois movimentos-chave para entendimento da ampliação dos direitos de cidadania: a Primeira Revolução Industria l e a organização da classe operária na luta pelo direito de fazer greve, de se reunir em sindicatos e de regulamentar a jornada de trabalho (direitos sociais).
Chame a atenção dos alunos para a imagem e peça que identifiquem o contexto, a época e os sujeitos representados na foto (fábrica, século XIX, Revolução Industrial, crianças trabalhando). Em seguida, solicite aos alunos que descrevam as condições de trabalho dos operários europeus no início do século XIX. Você também pode começar a compor um quadro desse contexto a partir do quadro de Van Gogh, Os comedores de batatas, e da leitura do trecho do texto de Friedrich Engels, sobre a situação da classe operária na Inglaterra:


Trabalho infantil nas fábricas inglesas no início do século XIX.

Vince nt Van gogh. Os come dores de batatas (The potato eaters ), 1885, óleo sobre tela, 82 x 114 cm. Museu Van Gogh, Amsterdã.
1) 1799 e 1800: após a revolução Francesa , temendo que os sindicatos se tornassem centros de agitação política, as coalizões operárias são decretadas ilegais por meio dos Combination Acts.
2) 1802 e 1819: primeiras Leis Fabris fixam a idade mínima para o trabalho em 9 anos e a jornada máxima em 12 horas para a faixa etária entre 9 e 16 anos. regulamentavam apenas o trabalho na indústria têxtil de algodão.
3) 1821: proibição do trabalho noturno aos menores de 21 anos.
4) 1824: são revogadas as leis Combination Acts, e o movimento sindical passa a ser legal, desencadeando uma onda maciça de greves.
5) 1825: o sindicalismo é regulamentado e os direitos das coalizões operárias são limitados à barganha pacífica de salários e condições de trabalho. Sindicalista s não devem “molestar”, “obstruir” ou “intimidar” empregadores ou fura-greves.
6) 1833: menores de 13 anos não poderiam trabalhar mais do que 9 horas por dia e 48 horas por semana. Proibição do trabalho noturno aos menores de 18 anos. Dois turnos de 8 horas de crianças eram permitidos. Quatro inspetores deveriam garantir a execução dessas normas. Regulamentava apenas o trabalho na indústria têxtil de algodão.
7) 1844: mulheres e adolescentes entre 13 e 18 anos não poderiam trabalhar mais do que 12 horas por dia. Menores de 13 anos deveriam trabalhar no máximo 6 horas e meia. Idade mínima para o trabalho: 8 anos. regulamentava apena s o trabalho na indústria têxtil de algodão.
8) 1847: mulheres e adolescentes entre 13 e 18 anos não poderiam trabalhar mais do que 10 horas por dia. regulamentava apenas a indústria têxtil.
9) 1850: crianças deveriam trabalhar somente nos mesmos horários que as mulheres e adolescentes. regulamentava apenas a indústria têxtil.
10) 1864: a regulamentação é estendida para seis novos ramos industriais.
11) 1867: a regulamentação é estendida para todas as fábricas que empregavam menos de 50 pessoas. Nenhuma criança menor de 8 anos poderia trabalhar em qualquer tipo de oficina.
12) 1878: as Leis Fabris são aplicadas a todo tipo de indústria e comércio. A idade mínima para o trabalho é de 10 anos. A educação torna-se obrigatória até os 10 anos e crianças entre 10 e 14 anos só podem trabalhar por meio período. Mulheres não podem trabalhar por mais de 56 horas por semana.

ATIVIDADE
RESPONDAM AS SEGUINTES QUESTÕES:
1. Compare a situação dos trabalhadores da indústria têxtil na Inglaterra em 1800 e 1878. Avalie se as lutas por direitos sociais foram efetivas.




2. Compare a legislação de 1878 na Inglaterra com o que você conhece sobre os direitos do trabalhador hoje no Brasil. Indique as principais diferenças.




3. Em sua opinião, a atuação da classe operária por meio dos sindicatos foi efetiva para modificar as leis trabalhistas inglesas?




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ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 04/05 ATÉ 08/05

AULA – CIDADANIA MODERNA - DIREITOS POLÍTICOS
A participação de todos os segmentos de um grupo nas decisões de seus governos é uma característica fundamenta l das sociedades democráticas contemporâneas. Contudo, o direito de votar e ser votado, de eleger representantes, de constituir assembleias, formar partidos, tomar decisões, elaborar leis e constituições nem sempre foi uma prerrogativa de todos os cidadãos.
Para que isso fosse possível, foi preciso que todos tivessem assegurados seus direitos políticos. A conquista desses direitos caminhou juntamente com a luta por direitos civis e sociais e é fruto da disputa entre as diferentes classes sociais que detinham o poder e as que desejavam participa r das decisões políticas. Até a Revolução Francesa, a aristocracia, representada pelas famílias que detinham grandes propriedades de terras e títulos de nobreza, além dos membros que ocupavam os cargos mais altos da igreja (alto clero), concentrava mais poder do que o restante da população. Após a revolução, a burguesia, representada pelos comerciantes, pequenos proprietários, profissionais liberais, entre outras categorias profissionais, começou a participar ativamente das decisões do Estado.
Durante o século XIX, a luta pela ampliação do sufrágio masculino aos não proprietários, juntamente com o movimento das mulheres pelo direito de votar e se emancipar, marcaram a história da conquista dos direitos políticos. Nessa etapa, estuda remos alguns desses movimentos, buscando ampliar a perspectiva dos alunos a respeito dos direitos políticos para além do direito de votar.
Utilizando os conhecimentos que os alunos têm sobre História Moderna, identifique o processo de ampliação da participação do poder e os diferente s grupos sociais que o reivindicaram nos seguintes processos:
* revoluções inglesas de 1640 e 1688: assinalaram uma mudança nas relações de poder na sociedade e Estado ingleses, em que a classe burguesa conseguiu limitar o poder do rei com a criação da Monarquia Constitucional. A partir desse momento, o Parlamento passa a ter atuação decisiva no governo, tendo apoio das classes mercantis e industria is nos centros urbanos e no campo, dos pequenos proprietários rurais, da pequena nobreza e da população comum;
* revolução Americana de 1776: estabeleceu a divisão de poderes, a eleição regular para presidente e uma Constituição baseada em princípios de liberdade . Formalmente, era a sociedade mais democrática da época, embora brancos pobre s, mulheres e escravos negros não pudessem votar;
* revolução Francesa de 1789: derrubou a Monarquia Absolutista, estabeleceu um governo de representação popular, promulgou uma Constituição que estendeu o direito de votar e ser votado aos cidadãos “ativos” (homens com mais de 21 anos, dotados de domicílio legal há um ano, que vivessem de sua renda ou produto do seu trabalho. Todos que preenchessem esses requisitos e tivessem mais de 25 anos eram elegíveis).

ATIVIDADE
Preencha o quadro, identificando os seguintes aspectos: a) como se deu a ampliação do poder; b) os diferentes grupos sociais que reivindicaram a ampliação no poder.





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ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 27/04 ATÉ 01/05



CIDADANIA MODERNA
OS DIREITOS CIVIS
A história do desenvolvimento da cidadania moderna remonta ao Iluminismo e está relacionada à conquista de quatro tipos de direitos: os direitos civis, no século XVIII; os direitos políticos e sociais, no século XIX (cuja luta perdurou até o século XX) e os direitos humanos, no século XX.
Os filósofos iluminista s, destacando-se entre eles John Locke, Volta ire e Jean-Jacques Rousseau, lançaram as bases para a percepção moderna da relação entre Estado e indivíduos, agora não mais uma relação entre súditos e soberanos absolutos, mas entre indivíduos dotados de razão que possuem “direitos naturais” – direitos que são do próprio homem, ou seja, com os quais os homens nascem – como à vida, à liberdade e à propriedade. Abre-se espaço, assim, para o nascimento do Estado de Direito.
Vamos ver a contribuição de cada um desses pensadores iluministas na constituição de novas formas de pensar a relação entre súditos de uma nação e seus governantes:
a) John Locke (1632-1704): defendia que todos os homens são iguais, independentes e governados pela razão. No estado natural, teriam como destino preservar a paz e a humanidade, evitando ferir os direitos dos outros, inclusive o direito à propriedade, considerado por Locke um dos direitos naturais do homem. Para evitar que alguns tirassem vantagens para si próprios,
ou para os amigos, entrando em conflito, os homens teriam abandonado o estado natural e criado um contrato social entre homens igualmente livres;
b) Voltaire (1694-1778): defendia a liberdade de expressão, de associação e de opção religiosa, criticando o poder da Igreja Católica e sua interferência no sistema político. Foi um crítico do Absolutismo e das instituições política s da Monarquia, defendendo o livre comércio contra o
controle do Estado na economia;
c) Jean-Jacques rousseau (1712-1778): defendia a liberdade como o bem supremo, entendida por ele como um direito e um dever do homem. Renunciar à liberdade é renunciar à própria humanidade. Para que o homem possa viver em sociedade, sem renunciar à liberdade, ou seja, obedecendo apenas a si mesmo e permanecendo livre, é estabelecido um contrato social em
que a autoridade é a expressão da vontade geral, expressão de corpo moral coletivo dos cidadãos. Desse modo, o homem adquire liberdade obedecendo às leis que prescreve para si mesmo.
Essas ideias foram muito importantes para o desenvolvimento do que hoje entendemos por cidadania. A base para a concepção de cidadania é a noção de Direito. Mas que direitos são esses? Hoje falamos em direitos “civis”, “políticos”, “sociais” e “humanos”, mas a definição clara do que seria cada um deles e a quem seriam aplicados nem sempre foi definitivamente estabelecida e ainda é fonte de intensos debates.
1. Direitos civis:
Dizem respeito à liberdade dos indivíduos e se baseiam na existência da justiça e das leis. Referem-se à garantia de ir e vir, de escolher o trabalho, de se manifestar, de se organizar, de
ter respeitada a inviolabilidade do lar e da correspondência, de não ser preso e não sofrer punição a não ser pela autoridade competente e de acordo com a legislação vigente.
2. Direitos políticos:
Referem-se à participação do cidadão no governo da sociedade e consistem no direito de fazer manifestações políticas, de se organizar em partidos, sindicatos, movimentos sociais, associações, de votar e ser votado.
3. Direitos sociais:
Dizem respeito ao atendimento das necessidades básicas do ser humano, como alimentação, habitação, saúde, educação, trabalho, salário justo, aposentadoria etc.
4. Direitos humanos:
Englobam todos os demais e expandem a dimensão dos direitos para uma perspectiva mais ampla, pois tratam dos direitos fundamentais da pessoa humana. Sem eles, o indivíduo não consegue existir ou não é capaz de se desenvolver, de participar plenamente da vida. São eles:
o direito à vida, à liberdade, à igualdade de direitos e oportunidades e o direito de ser reconhecido e tratado como pessoa, independentemente de sua nacionalidade, gênero, idade, origem social, cor da pele, etnia, faculdades físicas ou mentais, antecedentes criminais, doenças ou qualquer outra característica.

A história da luta pelos direitos civis pode ser identificada já no século XVII, quando o parlamento inglês promulgou em 1689 o Bill of Rights (Carta de Direitos), garantindo ao povo uma série de direitos que o protegia de atos arbitrários por parte da Coroa. Esse movimento é um precursor dos eventos históricos que marcariam o fim do Absolutismo e colocariam os cidadãos, agora não mais súditos do rei, na condição de sujeitos políticos, ou seja, participantes efetivos do poder do Estado. Um exemplo disso ocorreu na Revolução Americana e encontra-se explicitado na Declaração de Independência dos Estados Unidos.
“Consideramos estas verdade s como evidentes por si mesmas: que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade. Que, para assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governa dos. Que sempre
que qualquer forma de governo torne-se destrutiva desses fins, é direito do povo alterá-la ou aboli-la e institui r novo governo, baseando-o nesses princípios e organizando seus poderes da forma que lhe pareça mais conveniente para concretizar sua segurança e felicidade.”
Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776). Disponível em: http://www.archives.gov/exhibits/charters/declaration_tra nscript.html. Acesso em: 29 out. 2012. Tradução Eloisa Pires.

*Agora respondam as seguintes questões:

1. Quais são os direitos defendidos na Declaração de Independência dos Estados Unidos?


2. Quem deve ser responsável pela formação e organização do governo?


A Declaração de Independência dos Estados Unidos inspiro u outro importante documento, que constitui um marco na história da cidadania. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, proclamada em 26 de agosto de 1789, pelo Terceiro Estado (constituído por plebeus de todo tipo, entre burgueses, profissionais liberais, ocupante s do baixo clero, comerciantes, operários, artesãos etc.).
Vamos ler os dez primeiros artigos da Declaração:

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
Art. 1º Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociai s só podem fundamentar-se na utilidade comum.
Art. 2º A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade , a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
Art. 3º O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhuma operação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.
Art. 4º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo . Assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.
Art. 5º A lei não proíbe senão as ações nociva s à sociedade. Tudo que não é veda do pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.
Art. 6º A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadão s têm o direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formaçã o. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.
Art. 7º Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrária s devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente , caso contrário torna-se culpa do de resistência.
Art. 8º A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulga da antes do delito e legalmente
aplicada.
Art. 9º Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpa do e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.
Art. 10º Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei. [...]

ATIVIDADE
RESPONDA:
1) A que tipo de direitos a Declaração de 1789 se refere? identifique-os.

FAÇA A LEITURA DO TEXTO A SEGUIR E RESPONDA AS QUESTÕES:








1) Na Grécia Antiga, o termo “cidadão” era o nome dado a quem? Qual era a atribuição dos cidadãos gregos?
2) De onde vem o significado do termo política na Grécia Antiga?
3) Na pré-história da “cidadania”, cidadão é aquele que possui e goza do que?
4) O que é ter “cidadania plena”?
5) Aponte os indivíduos que estavam excluídos da cidadania grega na Antiguidade?
6) Qual era o lema da Revolução Francesa de 1789?
7) Quais as Revoluções que forneceram os alicerces da cidadania das sociedades contemporâneas?
8) Segundo T. H. Marshall, o que seria o Estado Providência?
9) Tomando a Inglaterra como modelo, T. H. Marshall cita 3 direitos que surgiram entre os séculos XVIII, XIX e XX. Aponte-os.
10) De acordo com a Teoria Gerações dos Direitos Fundamentais, essas coesções corresponderiam a quais direitos? Liste-os.

Segue o link da video aula:
https://www.youtube.com/watch?v=vA7nGSYW-rE&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=QWahGR0_zcQ
https://www.youtube.com/watch?v=-8GkRTJzetw&t=8s
https://www.youtube.com/watch?v=kxR-ZlyaY_w
https://www.youtube.com/watch?v=NGamLOGO_N8&t=22s
https://www.youtube.com/watch?v=WmRY4i6sP7U
https://www.youtube.com/watch?v=lV6FZs8dy6s

Um comentário:

  1. BIOLOGIA E QUÍMICA: Dúvidas sintam-se à vontade para perguntar aqui no chat, ou enviar trabalhos e as dúvidas para o e-mail institucional. Desculpem não passar o contato pessoal: jeangomes@prof.educacao.sp.gov.br

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